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06/05/2022 às 09h35min - Atualizada em 06/05/2022 às 09h35min

PF detém mulher acusada de aliciar mineira que está presa por tráfico de drogas na Tailândia

Na operação batizada de "ONG BAK", a PF cumpriu na quarta um mandado de prisão e dois de busca e apreensão

A prisão da mulher apontada pela Polícia Federal (PF) como aliciadora de três brasileiros que estão presos na Tailândia há quase três meses por tráfico internacional de drogas pode ajudar no processo de investigação e de defesa dos acusados. A suspeita foi detida em Curitiba, no Paraná, nessa quarta-feira (5).

A defesa da mineira Mary Hellen Coelho, de 22 anos, que morava em Pouso Alegre, no Sul de Minas, vai tentar a extradição para que responda criminalmente no Brasil. O advogado que acompanha o caso, Telêmaco Marrace de Oliveira, informou que vai pedir à PF o acesso ao depoimento da suspeita presa nessa quarta.

"Na minha tese, a consumação do crime de tráfico de drogas internacional se dá no momento da negociação. Então, acredito que a Mary Hellen possa vir para o Brasil e não responder por associação ao tráfico porque foi aliciada. Era apenas uma 'mula' do tráfico", defendeu o advogado.

Segundo Telêmaco, existe a possibilidade de a mineira responder por tráfico privilegiado e pegar uma pena de cinco anos, que poderia cair para um ano e oito meses.

Na operação batizada de "ONG BAK",  a PF cumpriu na quarta um mandado de prisão e dois de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. A Justiça também autorizou as quebras dos sigilos telefônicos e bancários dos investigados.

Em 26 de abril, Mary Hellen fez a primeira vídeochamada a partir do presídio em Bangkok, na Tailândia, para a irmã Mariana Coelho, que está em Pouso Alegre. Desde que foi presa, a jovem tinha conseguido apenas enviar uma carta, escrita por terceiros.

Relembre o caso

Mary Hellen, de 21 anos, saiu de Pouso Alegre, no sul de Minas, onde morava com a família, dizendo que iria para Curitiba se encontrar com um namorado que havia conhecido pelas redes sociais. "Ela mandou mensagens dizendo que estava tudo bem", segundo Mariana Coelho.

A jovem não tem passagem pela Polícia. Ela trabalhava como garçonete em uma churrascaria de Pouso Alegre.

A notícia da prisão só chegou para a família depois que a mineira enviou uma mensagem de áudio chorando desesperada dizendo "tenta falar com a embaixada para poder entrar em contato aqui, tá bom?".

Pouco contato com família 

Até agora, Mary Hellen havia conseguido apenas mandar uma carta para a irmã, em 18 de março, redigida em inglês por outra pessoa.  Já em 26 de abril, a mineira fez a primeira chamada de vídeo para a irmã.

A mãe de Mary Hellen morreu em 13 de abril , mas a mineira só foi avisada na Tailândia cinco dias depois.

A dificuldade de comunicação tem  sido motivo de reclamação por parte da família e dos advogados de defesa de Mary Hellen.

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