03/07/2023 às 13h25min - Atualizada em 03/07/2023 às 13h25min
PAIS DA BEBÊ DE SEIS MESES SUSPEITOS DE VIOLÊNCIA FÍSICA E SEXUAL SÃO PRESOS EM OURO PRETO
Casal foi encaminhado ao sistema prisional; corpo da vítima foi levado para o IML
Após a trágica morte de uma bebê de apenas seis meses, ocorrida na noite de sábado (1º) em um hospital de Ouro Preto, região central de Minas Gerais, a polícia realizou a prisão dos pais da criança. O casal, composto por um homem de 29 anos e uma mulher de 21 anos, foi conduzido e interrogado na delegacia da Polícia Civil, onde teve a prisão em flagrante ratificada.
Segundo informações da corporação, após os procedimentos de polícia judiciária, os pais foram encaminhados ao sistema prisional, permanecendo à disposição da Justiça.
De acordo com relatos da Polícia Militar, a criança deu entrada na Santa Casa em estado de parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços dos socorristas, que prestaram atendimento imediato, a bebê veio a óbito após 30 minutos.
Médicos relataram que a criança tinha marcas no rosto, aparentando ser de dois a três dias atrás, o que leva à suspeita de violência contra a menor. Os profissionais da saúde constataram alargamento anal e vermelhidão, com indícios de que possa ter havido algum tipo de violência sexual.
Durante a ocorrência, a mãe da criança alegou que estava na casa do namorado quando deixou a filha deitada em uma cama de casal, com o pai da menina e foi tomar banho. A mãe disse que, passado algum tempo, ouviu o choro da bebê, motivo pelo qual foi até o quarto e se deparou com o companheiro dizendo que a filha do casal havia caído da cama e precisava ir ao hospital.
Já o pai alegou que a filha estava na cama de casal, acordada, e que ele se deslocou até a cozinha, para fazer um lanche, onde teria ficado por no máximo 5 minutos. Na versão do homem, ele ouviu um barulho e o choro da bebê, momento em que percebeu a gravidade da queda e socorreu imediatamente sua filha, negando qualquer violência contra a menor.
Em razão desses fatos, os autuados foram presos em flagrante delito. Sobre denúncia de possível abuso sexual, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que investiga os fatos.
Os mandados de prisão foram expedidos com a validade até 2039, data da possível prescrição do crime.
