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05/06/2024 às 09h24min - Atualizada em 05/06/2024 às 09h24min

Falso médico ortopedista é preso em Belo Horizonte

Fisioterapeuta se passava por ortopedista em BH há pelo menos seis anos, diz PC

Um fisioterapeuta, de 37 anos, foi preso nessa segunda-feira (3) por exercer funções que só poderiam ser executadas por médicos, como aplicar ácidos ou anestesia, e emitir atestado médico. Ele é proprietário da clínica em que atuava há seis anos, no Barreiro de Baixo, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte.

Até o momento, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) já identificou três vítimas de procedimentos mal sucedidos, sendo que uma delas passou por uma infiltração, e agora pode precisar do apoio de uma prótese no joelho. Ela precisou até mesmo fazer uma cirurgia para reverter o procedimento feito pelo fisioterapeuta. De acordo com o médico que atendeu a paciente depois, o procedimento não é reconhecido na medicina.

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Outra paciente, que fez a notícia crime que deu início à investigação, passou por uma harmonização íntima, procedimento que inclui a aplicação de ácidos e anestesia. Depois, a mulher voltou à clínica no Barreiro para tentar reverter a situação, mas o fisioterapeuta só causou ainda mais danos.

Em coletiva de imprensa, a delegada do caso, Gislaine Rios, disse que as três vítimas apareceram em menos de 24 horas, e que o homem já tinha outro procedimento de infiltração marcado, só que, dessa vez, na coluna.
“A gente tem visto que ele tem atendido diversas pessoas. Olhamos a agenda médica e nesta semana ele ia fazer uma infiltração na coluna de uma outra pessoa”

O falso médico se apresentava dizendo que tinha mais de 15 anos de experiência e que atuava nas áreas de terapia molecular, injetáveis, medicina do esporte, farmacologia, endocrinologia e traumatologia, emagrecimento, análise hormonal, hipertrofia e controle de dores articulares.

O caso, para a delegada, serve de alerta. “Mostra para os senhores a importância da gente ver essa questão de CRM médico, de quem é o médico e qual é a clínica, porque são procedimentos caros”, reflete. De acordo com ela, o fisioterapeuta cobrava de R$ 7 a 8 mil para fazer o procedimento de harmonização íntima, R$ 12 mil por uma infiltração na coluna e R$ 4,5 mil por uma infiltração no joelho. Gislaine também chama a atenção para os riscos à saúde: “As pessoas estão pagando por procedimentos com um profissional que não tem qualificação para isso e colocando em risco as suas vidas”, diz.

Além disso, é preciso se atentar ao preço cobrado pelo profissional. “A vítima tem que ter percepção de valor”, alerta. Apesar do alto custo, de acordo com as investigações, o preço valor de uma harmonização íntima, geralmente, pode chegar a R$ 20 mil, e o falso médico cobrava menos da metade do valor.

O número do CRM, que é o registro profissional feito no Conselho Regional de Medicina (CRM), também serviu para incriminar o homem. Ele usava o número do registro de outros profissionais, que haviam falecido, de outros estados e que estavam inativos junto ao Conselho Regional de Medicina. Na delegacia, o fisioterapeuta apresentou certificados de cursos feitos a distância, que não são reconhecidos pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).

Ele foi preso por praticar exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, estelionato e apresentar atestado falso.


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