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10/07/2024 às 09h01min - Atualizada em 10/07/2024 às 09h01min

Procurador do estado de MG cospe e tenta agredir funcionária de cinema por causa de pipoca

Caso aconteceu em shopping de bairro nobre de Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira (8). Suspeito é servidor da Advocacia-Geral do Estado.

Um procurador do Estado, que recebe o salário bruto de R$ 35 mil por mês, é suspeito de xingar, cuspir e tentar agredir a funcionária do cinema de um shopping no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na segunda-feira (8 de julho). O motivo da confusão seria o fato de o procurador exigir que a funcionária levasse pipoca para ele dentro da sala de cinema. 

A funcionária, de 25 anos, acionou a Polícia Militar. Ela contou que o homem esmurrava a porta da recepção do cinema dizendo que “queria a pipoca dele”, após comprar um refil do alimento. Quando a mulher perguntou qual era o pedido dele, o homem passou a gritar ainda mais. 

Diante da situação, a funcionária entregou um pedido que segurava, de outro cliente, e pediu para o gerente trazer a pipoca do homem que gritava no local. Exaltado, o homem disse que era para entregar o refil de pipoca na poltrona dele, dentro da sala de cinema. A funcionária informou que esse não era o procedimento, já que o cliente deve ir ao balcão para encher o balde de pipoca. 

Nesse momento, o procurador disse que a funcionária era obrigada a fazer o que ele mandava e passou a filmar a mulher. Ela disse que não autorizava a gravação e foi chamada de incompetente. O homem cuspiu na mulher e tentou a agredir por três vezes. Quando a Polícia Militar chegou, o homem tinha fugido do local. Ele foi identificado pelo CPF que constava na nota fiscal. 

"Pedi para o meu gerente mandar o pedido dele pelo elevador e, quando fui entregar, ele puxou a bandeja da minha mão, falando que queria o refil na sala de cinema. Eu tentei explicar que a gente não faz o refil dentro da sala, que a pessoa vai na recepção para repor, e ele continuou a gritar, falando que eu era obrigada e que iria me filmar", contou a funcionária, que não quis ser identificada.

Bruno Resende Rabello é procurador do estado e atua na Procuradoria de Direitos Difusos, Obrigações e Patrimônio de MG, com salário bruto atual de mais de R$ 32 mil.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que o crime de vias de fato/agressão depende de representação criminal para a instauração de inquérito policial e orientou que a vítima comparecesse à delegacia.

O DiamondMall afirmou que o fato ocorreu dentro das dependências do cinema e que, assim que foi acionado, "acompanhou o caso e prestou o apoio necessário". O shopping ainda "lamentou profundamente o ocorrido" e disse que "repudia qualquer caso de violência".

A Cinemark lamentou o ocorrido e disse que "está prestando todo o apoio à colaboradora". Afirmou também que "está colaborando com as investigações, cedendo as imagens de segurança e à disposição das autoridades".

A AGE-MG disse que "não compactua com eventuais desvios de condutas de quaisquer de seus integrantes, ainda que fora de suas atribuições institucionais, preservado o direito ao contraditório e a ampla defesa".

 


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