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08/10/2024 às 09h50min - Atualizada em 08/10/2024 às 09h50min

Brasil ultrapassa marca de 5,5 mil mortes por dengue em 2024

Ministério da Saúde confirmou 5.521 óbitos pela doença; outros 1.609 estão sob investigação

O Brasil ultrapassou a marca de 5,5 mil mortes por dengue em 2024. Segundo dados do painel de monitoramento do Ministério da Saúde, até esta terça-feira (8), foram contabilizados 5.521 óbitos pela doença. Outras 1.609 mortes, por sua vez, estão sob investigação – isto é, para ver se há relação com a infecção.

Este é o maior número de mortes confirmadas por dengue desde o início da série histórica do monitoramento pela pasta, em 2000. Até então, o número mais alto era o de 2023, quando, durante todo o ano, 1.179 pacientes morreram pela doença. Neste ano, a marca foi ultrapassada ainda no primeiro semestre, no dia 10 de abril.

Em relação aos casos prováveis de dengue, o número chega a 6.541.521 – o que significa que o coeficiente de incidência da doença, para cada 100 mil habitantes, é de 3221,4. O estado de São Paulo continua liderando o número de infecções, com 2.132.554 registros. Em seguida, aparecem Minas Gerais (1.694.664) e Paraná (650.124).

Apesar do alto número de infecções e óbitos, a incidência da dengue vem diminuindo no Brasil. Em outubro, o governo aumentou o número de equipes de vigilância em saúde, que atuam diretamente nas comunidades para prevenir a disseminação de doenças.

A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.

Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.

Como se proteger?

  • Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
  • Deixe a caixa d'água tampada;
  • Mantenha as piscinas limpas;
  • Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
  • Desobstrua calhas, lajes e ralos;
  • Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
  • Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
  • Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
  • Use repelente.

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:

  • Repouso;
  • Ingestão de líquidos;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
  • Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.

 


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