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15/04/2021 às 08h46min - Atualizada em 15/04/2021 às 08h46min

Caso Henry: avó materna de Henry sabia de agressões de Jairinho, diz babá

Em novo depoimento, Thayna relatou que contou sobre episódio de violência com 'bandas' e 'chutes'

Dias após narrar em tempo real a Monique Medeiros da Costa e Silva uma sessão de violência cometida pelo namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho (sem partido), contra seu filho, Henry Borel Medeiros, a babá relatou sobre o episódio de “chutes” e “bandas” também à avó materna do menino, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Em novo depoimento prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), a funcionária disse ter “contado tudo” para a idosa e que ela “ficou assustada” com o que ouvira. Jairinho e Monique foram presos na última quinta-feira.

Após 12 horas na delegacia, Thayna afirmou ter presenciado Jairinho levando Henry para seu quarto, em 12 de fevereiro, e colocado o som da televisão alto. Ela disse ter batido na porta e não ter ouvido resposta de nenhum dos dois. Logo em seguida, o menino saiu do cômodo e contou ter sido agredido por Jairinho, passando mancar, apresentar hematomas nas pernas e nos braços e reclamar de dores na cabeça. A babá mandou mensagens para Monique descrevendo a situação.

Ela conta ter sugerido a professora a instalar câmeras no apartamento onde a família morava, no condomínio Majestic, no Cidade Jardim, o que foi ignorado. Ao acompanhar a patroa e o menino a uma sessão com a psicóloga que o acompanhava, a babá diz ter sido deixada na casa de Rosângela, em Bangu. Na residência, Thayna diz ter sido questionada pela avó da criança sobre o que “teria acontecido” e se Henry “estava ou não mentindo”. A funcionária disse ter contado sobre o menino "estar mancando”, com “dores na cabeça” e manchas roxas pelo corpo e afirmou que não existia a possibilidade de Henry estar mentindo, até porque ela vira a marca dos machucados. Thayna informou que não se prolongou no assunto para não parecer que fazia “fofoca” sobre a família.

Nesta terça-feira, o pai de Henry, Leniel Borel, disse que a avó materna era muito amada pelo menino. Para ele, é difícil acreditar que ela sabia das agressões e  não fez nada:

— A avó materna sempre foi uma das figuras preferidas do Henry, quem ele mais amava e insistia para ficar junto, em Bangu. Não consigo acreditar, admitir que ela sabia que ele estava sendo agredido e nada fez. É desumano uma coisa dessas. Eles deixaram que meu anjinho, meu príncipe, meu bem mais precioso fosse morto e não agiram. Cheguei a dizer que meu filho reclamava de abraços apertados e todos desconversaram. Estou ainda mais devastado, sem chão, sem paz.

— Ele me disse: 'Papai, eu não quero ficar na casa nova da mamãe'. Eu perguntei o que tinha acontecido, e ele respondeu: 'O tio me machuca'. Ele estava perto da avó e da babá. Aí eu disse: "Vocês estão vendo aí que não é coisa da minha cabeça? Vocês não falam que sou eu que estou manipulando o Henry para falar isso?" — afirmou Leniel na ocasião.

De acordo com o novo depoimento prestado, a babá admitiu que mentiu na declaração dada em 24 de março ao garantir que Jairinho, Monique e Henry viviam em harmonia e que nunca havia presenciado nenhuma anormalidade no apartamento da família. Ela afirmou não ter contado sobre as agressões que presenciou ao menino por parte do parlamentar por medo dele e a pedido da professora.

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