03/06/2022 às 16h28min - Atualizada em 03/06/2022 às 16h28min
Estudos Sismológicos da Unimontes apontam para causas naturais para tremores em Sete Lagoas
Departamento de Geociências do Núcleo de Estudos Sismológicos da Unimontes divulga Nota Técnica sobre o fenômeno
Estudos preliminares do Núcleo Sismológico da Unimontes, segundo o Major, apontam para causas naturais, de acomodação de placas tectônicas. Mas o monitoramento segue sendo feito. "Agradeço ao prefeito pela oportunidade de estarmos aqui conversando sobre os últimos eventos sísmicos ocorridos na cidade. Pedimos à população que mantivesse a tranquilidade, uma vez que, conforme estudos preliminares, os últimos eventos estão associados a causas naturais, dentro de um padrão de baixo risco sísmico para essa região".
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Comandante Andrade, afirma que alguns bairros da cidade estão sendo georreferenciados. "Nós estamos mapeando. Já temos os bairros com maior probabilidade de tremores. É difícil prever um abalo sísmico e sua intensidade. Mapeamos bairros com maior presença de baixo padrão construtivo, mais vulneráveis aos tremores. Estamos georreferenciando com mapa de calor para desenvolvermos ações de prevenção", explica.
De acordo com Nota Técnica do Departamento de Geociências do Núcleo de Estudos Sismológicos da Unimontes, os eventos são considerados normais, já que se trata de uma região com histórico geológico de falhas, bem como das magnitudes dos eventos que até o momento seguem os padrões das demais regiões sismogênicas do Estado, portanto, com baixo risco sísmico para a região.
No entanto, a nota aconselha a "criação de uma rede sísmica local com o intuito de obter dados precisos para compreensão dos mecanismos focais da falha ativa da região de Sete Lagoas, tendo em vista que parâmetros como a profundidade e extensão da falha são fatores importantes sobre riscos estruturais". A Prefeitura já fez a solicitação para instalação de sismógrafo remoto e aguarda, para os próximos dias, a chegada do equipamento cedido pelo Centro de Sismologia da USP.