Suspeito de matar ex-companheira, mãe e irmã dela em Brumadinho ainda não foi localizado pela polícia

Nesta terça-feira (19) completa uma semana que o suspeito Hervane Carlos de Jesus Rezende atirou contra cinco pessoas da mesma família, matando três, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desde então, o homem é procurado pela polícia. 

Os crimes aconteceram no fim da tarde do dia 12 de julho, quando o suspeito foi até a casa da ex-companheira, Nisimara Pereira da Silva, de 32 anos, buscar os filhos do casal, de 5 e 7 anos.

Houve um desentendimento. Em seguida, o suspeito atirou contra a mulher e os parentes dela. Além de Nisimara, a irmã Nisiene Mary Pereira de Araújo, e a mãe delas, Adalcida Pereira de Araújo, não resistiram aos ferimentos.

O pai e uma outra irmã de Nisimara foram atingidos e sobreviveram. A mulher segue internada. Os corpos de mãe e filhas foram enterrados na última quinta-feira (14).

Por meio de nota, nessa segunda-feira (18), a Polícia Civil informou que "o inquérito encontra-se em andamento e a Delegacia de Polícia Civil, em Brumadinho, está empenhada no caso para apurar a autoria, motivação e circunstâncias do crime". 

O crime

De acordo com a Polícia Militar (PM), Hervane e Nisimara estavam separados há 30 dias. O homem esteve na casa da ex e a intenção era levar os filhos para um sítio.

Durante o encontro, ele acabou se desentendendo com a ex e disse que a mataria. Nesse momento, o pai de Nisimara disse que "para matar ela, deveria matar ele primeiro".

O suspeito sacou uma arma que estava na cintura e começou a atirar contra toda a família.

"Ele chegou para pegar meus netos, botei dentro do carro para ele, ele veio falar comigo. Eu falei: 'vc é homem em cima de uma arma, rapaz. Larga a arma, você está caçando problema'. Ele já tirou a arma e foi atirando", contou Celso de Araújo, de 61 anos, durante os velórios da companheira e das duas filhas.

À polícia, o pai contou que Nisimara já estava sendo ameaçada pelo homem há cerca de um mês, mas, por medo dele, a família não acionou a polícia e não pediu proteção à mulher.

"Os familiares dele não têm culpa do monstro que ele é. Agora, se ele tiver na casa deles que entregue (Hervane) para polícia", disse.
Hervane abandonou o carro e fugiu a pé. Policiais encontraram o restante da munição dentro do veículo.