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17/09/2022 às 09h06min - Atualizada em 17/09/2022 às 09h06min

Policial penal suspeito de matar dois detentos dentro do Presídio de Manhuaçu é indiciado por duplo homicídio

Um dos homens tinha sido preso suspeito de estuprar a mulher do policial. Segundo as investigações, o suspeito agiu sozinho e motivado por vingança.

A Polícia Civil indiciou um policial penal, de 36 anos, por duplo homicídio em Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira. Segundo o delegado Felipe Ornelas, responsável pelas investigações, o suspeito agiu sozinho e motivado por vingança.

O crime aconteceu no último dia 7 de setembro. O policial penal matou a tiros dois detentos, de 26 e 36 anos, no Presídio de Manhuaçu, e atingiu outros dois presos, de 18 e 24 anos. Ele alegou que um dos homens mortos teria estuprado a ex-mulher dele.

"Ele (policial penal) entrou em surto, queria fazer justiça e matar todos os estupradores, e descarregou a arma. Dois morreram na hora e mais dois foram baleados. No momento, havia 15 detentos na mesma cela", disse o delegado.

O policial penal segue preso e está à disposição da Justiça, completou o delegado.

O crime

De acordo com o boletim de ocorrência, a ex-mulher do policial penal acionou a Polícia Militar (PM) para denunciar um estupro. Ela disse que estava em um bar bebendo com as amigas e que, ao sair, por volta de 0h30, foi abordada por um homem desconhecido e abusada sexualmente. O homem fugiu, mas foi preso. Ele negou o crime.

O suspeito, de 36 anos, foi levado para o Presídio de Manhuaçu, onde foi assassinado pelo policial penal.

Segundo o boletim de ocorrência, o agente, que estava de folga, chegou ao presídio por volta das 9h, foi até o posto de serviço e pegou as chaves de uma das alas. Outros policiais penais tentaram impedir a entrada dele, mas o homem ameaçou os colegas com uma arma.

Ainda segundo as investigações, o policial fechou o portão da ala, atirou e, depois, foi até a portaria da unidade, dizendo que tinha matado o homem que teria estuprado a ex-mulher dele. A Polícia Militar foi acionada, e o agente foi preso.

A Polícia Civil afirmou que a perícia esteve na unidade prisional para identificar e coletar vestígios. Os corpos foram encaminhados ao Posto Médico-Legal do município para serem submetidos a exames de necropsia.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lamentou o ocorrido e disse que abriria um procedimento investigativo interno sobre o caso.

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