Clarinha morreu no dia 14 de março e, desde então, seu corpo estava sendo conservado no Departamento Médico Legal (DML), aguardando resultado de exames de compatibilidade de possíveis familiares, mas todos deram negativo. A autorização para liberação foi dada pela Justiça na sexta-feira (10/5), e Clarinha foi retirada do departamento nesta segunda-feira (13/5).
O velório e o enterro de Clarinha serão realizados com a ajuda de uma funerária que se voluntariou para o serviço, e funcionários e ex-funcionários do Hospital da Polícia Militar (HPM) participarão da solenidade de despedida. Uma coroa de flores foi encomendada pelo médico aposentado Jorge Potratz, que cuidou da paciente misteriosa durante o período do coma.
O local escolhido para o enterro foi o Cemitério Municipal de Maruípe, em Vitória, cidade onde Clarinha ficou por 24 anos internada. A Prefeitura de Vitória foi procurada, mas não comentou detalhes sobre o local onde Clarinha ficará e protocolos no cemitério.
Clarinha foi atropelada no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. À época, ela foi socorrida por uma ambulância, mas não possuía documentos, chegou ao hospital já desacordada e não foi possível identificá-la.
Desde sua internação, nunca houve informações sobre o seu nome verdadeiro, idade, local onde morava e se tinha parentes no Espírito Santo ou em outro estado. A equipe médica que cuidou dela sempre teve esperança de encontrar algum parente ou até filho de Clarinha, já que ela tinha uma cicatriz de cesariana, mas isso nunca aconteceu.
Clarinha morreu no dia 14 de março, ao passar mal após uma broncoaspiração. A estimativa é que, em 2024, Clarinha tivesse entre 40 e 50 anos.
