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27/12/2021 às 10h14min - Atualizada em 27/12/2021 às 10h14min

Cientistas comparam a ômicron do coronavírus com o sarampo

Coronavírus e sarampo não produzem mesmos sintomas, mas velocidade com que ômicron se espalha cria analogias com sarampo

O imunologista espanhol Alfredo Corell causou polêmica recentemente ao afirmar que a variante ômicron do SARS-CoV-2 é tão contagiosa quanto o sarampo, um dos vírus mais contagiosos do mundo.

Obviamente, o coronavírus não produz os mesmos sintomas do sarampo. Mas a afirmação de Corell se refere à sua transmissibilidade e não aos seus sintomas.

A variante ômicron causou grande furor desde o primeiro momento em que foi detectada na África do Sul, pois acumula grande número de mutações em proteínas que facilitam a entrada do vírus em nosso organismo.

O alvoroço inicial político e midiático não se devia a uma maior gravidade dos sintomas, mas à sua maior capacidade de infecção. Mas, como aconteceu com outras variantes anteriores, quando uma nova variante é detectada é porque ela já está circulando entre a população.

Por isso, todos os cuidados dos governos com o fechamento das fronteiras foram inúteis. Agora, em vários países, a variante ômicron está prevalecendo sobre as anteriores, incluindo a delta, até então a mais transmissível.

É essa infecciosidade aumentada, tão alta quanto a do sarampo, que torna a ômicron mais preocupante do que outras variantes.

Novas condições, novas soluções

Os vírus evoluem, especialmente se conseguirem infectar um novo hospedeiro.

As condições iniciais da pandemia exigiram medidas drásticas para evitar infecções em massa e o colapso dos sistemas de saúde.

Sem antivirais, sem terapias eficazes, sem protocolos clínicos comprovados e sem vacinas, estávamos todos à mercê do vírus.

Agora, a maioria da população está vacinada com o esquema vacinal completo e seu sistema imunológico contém células de memória preparadas para serem detectadas e ativadas rapidamente, ainda mais com o reforço da terceira dose.

Apenas uma pequena quantidade de pessoas com baixa imunidade e de não vacinadas correm perigo real.

Dados na Espanha mostram que pessoas não vacinadas estão sujeitas a um risco 20 vezes maior de sofrer hospitalização, admissão em UTI ou morrer devido à covid-19 do que as vacinadas.

Um cenário mudando a todo momento, um vírus mais contagioso e uma alta porcentagem da população vacinada são fatores importantes que afetam as decisões.

Como já se faz em parte no caso da gripe sazonal, o acompanhamento dos casos sintomáticos, o reforço do atendimento primário e de urgência e a vacinação são as medidas sanitárias mais adequadas.

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