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26/02/2022 às 10h30min - Atualizada em 26/02/2022 às 10h30min

Guerra na Ucrânia impacta economia no Brasil

Brasil está preparado para impactos econômicos da guerra, diz Tesouro

Numa das maiores operações militares na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, a  invasão da Rússia à Ucrânia mergulhou a Europa em uma crise. O conflito mobiliza atenções dos principais líderes globais e causa implicações para o Brasil.

Em um primeiro momento, representantes do setor agropecuário já vislumbram custos para a safra – o Brasil depende de fertilizantes russos, e a reação internacional à guerra levou a sanções que proíbem o país de negociar em dólar, euro, iene e libra. A Ucrânia, cuja terra é conhecida por sua fertilidade, também é muito importante para o agronegócio.

Outra questão que afeta a economia mundial – e, consequentemente, a brasileira – é a possibilidade de uma alta da inflação e no preço dos combustíveis. 

O alto volume de reservas internacionais e as poucas dívidas em dólar tornam o Brasil preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados financeiros ao conflito entre Rússia e Ucrânia, disse hoje (24) o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Segundo o secretário, ainda é cedo para pensar em leilões extraordinários da dívida pública para segurar o mercado.

No fim da tarde desta quinta-feira, a bolsa caía cerca de 1,5%, depois de recuar mais de 2% durante o dia. O dólar comercial, que ontem (23) tinha fechado em R$ 5, estava sendo vendido a R$ 5,10, depois de atingir R$ 5,15 por volta das 15h.

“É importante lembrar a posição em que o Brasil se encontra. Em termos de dívida pública, estamos em situação muito confortável. A gente tem só 5% da dívida em dívida externa e a participação do estrangeiro [na dívida interna] no Brasil é de pouco mais de 10%. A gente tem 100% da necessidade de financiamento de 2022 em caixa. A gente tem mais de US$ 350 bilhões de reserva internacional. O Brasil está bem estruturado para alguma volatilidade internacional”, afirmou Valle.

Quanto a eventuais leilões do colchão da dívida pública, tipo de medida tomada em momentos de turbulência extrema no mercado financeiro, o secretário comentou que o Tesouro só poderá tomar qualquer decisão depois de aguardar como o conflito vai se desenrolar e se haverá impactos em outros países.

“O Tesouro está com o caixa confortável. A gente acompanha o mercado permanentemente. Estamos atentos e tomaremos as medidas que forem necessárias. Mas, neste momento, acho que está cedo e que estamos bem posicionados”, afirmou Valle.

O secretário deu as explicações ao comentar o resultado primário de janeiro. No mês passado, as contas do governo central tiveram superavit primário recorde de R$ 76,5 bilhões.



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