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03/03/2022 às 20h08min - Atualizada em 03/03/2022 às 20h08min

Dólar à vista recua mais de 1,5% com persistência do conflito no leste europeu; bolsa tem leve queda

Apesar de ter passado a maior parte da sessão em alta, o Ibovespa acabou seguindo as bolsas americanas

Nesta quinta-feira (03), o conflito armado entre Rússia e Ucrânia completou uma semana e as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e União Europeia começam a ser sentidos com mais intensidade, chegando até mesmo ao Ibovespa. 

Vislumbrando os efeitos das medidas tomadas, as principais agências de risco do mundo rebaixaram a avaliação do país, uma forma de avisar aos investidores do risco de calote da dívida e da insegurança de se injetar dinheiro na Rússia.  Com as empresas locais isoladas e excluídas do resto do mundo, as ações russas foram excluídas de um dos principais índices de ações globais – a MSCI irá retirar a Rússia dos indicadores de mercados emergentes. Na prática, isso significa que os fundos que acompanham o índice precisarão remover os ativos russos de seus portfólios. 

Com os investidores precisando reequilibrar a carteira com outros ativos de países emergentes, o Brasil e outros países da América Latina surgem como oportunidade Por aqui, esse movimento acelera o fluxo de capital estrangeiro que já temos visto desde o começo do ano, principalmente para empresas voltadas ao setor de commodities. O Itaú BBA estima que a B3 pode ver o ingresso de US$ 1,34 bilhão.

Para Rafael Passos, da Ajax Capital, um dos motivos que levam o Brasil a levar a dianteira frente aos outros emergentes que disputam a fatia antes preenchida pelos russos é o nosso ciclo de aperto monetário, já bem avançado quando comparado ao resto do mundo e com a alta dos juros já próxima do teto. 

Mesmo com a valorização do dólar frente a pares mais fortes, o dia foi mais uma vez de alívio no câmbio. O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 1,55%, a R$ 5,0280. O Ibovespa operou em alta durante a maior parte do dia, mas não escapou da pressão negativa de Wall Street e caiu 0,01%, aos 115.165 pontos. 

A crise no leste europeu não foi o único "campo de batalha" a ser observado de perto. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, voltou a declarar que defenderá uma alta de 0,25 pontos percentuais na próxima reunião do Fed. A fala, no entanto, veio acompanhada de temores de que o conflito na Ucrânia siga pressionando a inflação, o que significa que aumentos maiores ao decorrer do ano não estão descartados. No Brasil, a curva de juros operou em alta nos vencimentos mais curtos.


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