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20/04/2022 às 07h41min - Atualizada em 20/04/2022 às 07h41min

Inflação acelerada aproxima Argentina da Venezuela

Índice mensal atingiu maior valor em duas décadas no último mês de março.

A inflação argentina de março foi a maior dos últimos vinte anos, alimentando expectativas de que o índice poderia chegar a 60% ou ficar até acima de 70% anualmente. O resultado de março (6,7%) contribuiu para acelerar as comparações com a Venezuela, até então líder absoluta e com ampla margem nos rankings de inflação na América Latina.

Um dia depois que o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) divulgou a inflação oficial, a diretora de Estratégias do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ceyla Pazarbasioglu, disse, na quinta-feira (14/4), que "a inflação precisa ser domesticada" porque ela "paralisa" a economia e afeta os mais pobres.

Mas por que a inflação argentina passou a ser apontada, em alguns setores, como a mais alta da região ou, pelo menos, caminhando para isso? E o que dizem venezuelanos que moram na Venezuela e que moram na Argentina?

A BBC News Brasil entrevistou economistas e moradores da Argentina e da Venezuela, onde a queda nos preços, dizem, é notória, mas a qualidade de vida ainda é complicadíssima.

A Argentina entrou neste ano com a escalada nos preços, iniciada antes mesmo da invasão da Rússia na Ucrânia, que gerou efeitos para a economia global, pressionando a inflação em vários países.

Em janeiro, a inflação Argentina foi de 3,9%, em fevereiro, de 4,7% e em março de 6,7%, de acordo com dados oficiais. Nos três primeiros meses deste ano, o índice chegou a 16,1%.

Para efeitos de comparação: na Venezuela, a inflação de janeiro foi superior a da Argentina (6,7%). Mas em fevereiro (2,9%) e em março (1,4%), o índice venezuelano foi inferior ao argentino, segundo o Banco Central da Venezuela (BCV). No primeiro trimestre deste ano, a alta nos preços no país caribenho está em torno de 11%. Ou seja, menor que o da Argentina.

Se a previsão de 70% anual de inflação for confirmada para a economia venezuelana e se as estimativas mais pessimistas para a Argentina também virarem realidade, o pódio da inflação estaria, no mínimo, empatado.

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