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08/06/2022 às 16h15min - Atualizada em 08/06/2022 às 16h15min

Jovem de Belo Horizonte conquista bolsa integral na Universidade de Harvard

Sofia, que aprendeu inglês de forma autodidata, foi aprovada em outras duas outras instituições renomadas dos Estados Unidos: Yale e Stanford

Moradora de Belo Horizonte (MG) e vinda de origem humilde, a estudante mineira Sofia Santos de Oliveira foi aprovada em três faculdades no exterior com bolsa integral: Harvard, Yale e Stanford, todas nos Estados Unidos. A jovem, de 18 anos, tem um interesse pela educação que vem de suas próprias vivências com experiências educacionais transformadoras.

Sofia não faz parte do grupo de alunos que foram treinados, desde cedo, em colégios bilíngues para ingressar nas universidades mais concorridas e renomadas do mundo. Na verdade, ela aprendeu inglês por conta própria, porque seus pais não podiam pagar por um curso. Mesmo assim, a estudante conta que já desejava estudar fora do país quando criança. “Desde o ensino fundamental, eu já cogitava a ideia de ir estudar no exterior, mas era quase uma utopia. Eu não sabia exatamente como iria conseguir chegar lá.”

A aprovação em Harvard representou um misto de emoções para Sofia. Ela diz que se sentiu surpresa e incrédula por ter sido aprovada no ciclo de admissões mais competitivo da história. De 61.220 concorrentes, apenas 1.954 (cerca de 3,19%) foram aceitos neste ano. Também sentiu felicidade por visualizar a concretização de anos de esforço em um resultado que transformaria toda a sua vida dali pra frente. Para finalizar a equação, ansiedade e aflição contaminaram-na diante a sensação de ter escolher entre as célebres instituições.

Sofia pensa em cursar Química e Ciências Sociais com foco em Educação e Saúde Pública. Para ela, “além de despertar minha curiosidade intelectual, a química pode ser utilizada para ajudar no avanço da humanidade em muitas áreas, principalmente na área ambiental e da saúde humana.” Porém, está aberta a explorar outras áreas por ter até o fim do segundo ano da faculdade para oficializar a decisão.

A jovem enxerga a educação como um mecanismo transformador de vidas. “A educação de qualidade não mudou apenas a minha vida, como também a vida de muitas pessoas ao meu redor. Meu pai não teve a oportunidade de terminar o ensino médio na época em que estudava pois precisava trabalhar para ajudar a sua família. Quase 30 anos depois, vendo o impacto positivo da educação na minha vida, ele se inspirou a finalizar seus estudos por meio do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e fazer um curso técnico.”

Agora, preparando-se para adentrar terras norte-americanas, ela deseja entender como pode mudar sistemas educacionais e políticos para que essas oportunidades se façam presentes para todos os jovens e os ajudem a furar a bolha da desigualdade social brasileira. “Nenhum sonho é tão grande que seja inalcançável e, se não foi conquistado ainda por alguém da sua comunidade, você pode tentar ser o primeiro a realizá-lo. Independentemente do resultado, você terá se tornado uma fonte de inspiração para as outras pessoas por simplesmente ter tido a coragem de tentar.”

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