17/09/2024 às 08h35min - Atualizada em 17/09/2024 às 08h35min
Advogada de Deolane é suspeita de usar CPFs de pessoas mortas em jogos de azar
Adélia Soares teria movimentado R$ 2,5 bilhões em apenas 14 dias através das empresas criadas para operar o esquema
A advogada de Deolane Bezerra, Adélia de Jesus Soares, foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. Segundo a corporação, a advogada se associou a chineses para abrir empresas de fachada, permitindo a exploração ilegal de jogos de azar no Brasil.
Conforme a investigação, o grupo usou 546 CPFs falsos durante as transações, e em apenas 14 dias foram movimentados R$ 2,5 bilhões. Agora, o caso está na Justiça Federal.
Adélia Soares é dona de um escritório de advocacia em São Paulo e participou do Big Brother Brasil em 2016. Segundo a Polícia Civil do DF, ela abriu uma empresa para que um grupo chinês operasse jogos ilegais no Brasil, a Playflow.
A investigação começou após um funcionário da limpeza de uma delegacia do Distrito Federal cair em um golpe: R$ 1,8 mil foram transferidos da conta dele para a conta da Playflow. Após a denúncia a polícia descobriu como o site de apostas funcionava e o caminho que o dinheiro seguia.
- O apostador entrava no site de apostas ligado à Playflow;
- Para jogar, ele fazia o pagamento via PIX;
- A Playflow recebia o pagamento e enviava os valores para uma espécie de banco que, na maioria das vezes, não tinha autorização do Banco Central para funcionar;
- O grupo criminoso mandava esse dinheiro para uma casa de câmbio, que enviava os valores para fora do país;
- Para isso, eles usavam CPFs de brasileiros, inclusive de pessoas que já haviam morrido, crianças e de pessoas que sequer existiam.