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14/11/2020 às 12h17min - Atualizada em 14/11/2020 às 12h17min

​Vacina de Harvard contra o câncer é 100% eficaz em animais

A vacina do câncer começou a ser desenvolvida em 2009 e, desde então, tem se mostrado promissora para o tratamento de diversas variações da doença



Uma vacina contra o câncer pode estar mais perto do que se imagina. Desenvolvida pela universidade americana de Harvard, a imunização é baseada no poder matador de células cancerígenas da quimeoterapia e na eficácia duradoura da imunoterapia. A pesquisa teve 100% de sucesso em camundongos com câncer de mama triplo negativo.

Segundo o coautor do estudo, Hua Wang, o câncer de mama triplo negativo não estimula respostas fortes o suficiente do sistema imunológico, o que faz com que as imunoterapias existentes não consigam combatê-lo, ao mesmo tempo que a quimioterapia “produz um número grande de células cancerígenas mortas”, que o mesmo sistema imunológico pode detectar e formar um tumor como resposta. A vacina, então, seria o melhor dos dois mundos justamente por ter uma abordagem menos agressiva.

A vacina do câncer começou a ser desenvolvida em 2009 e, desde então, tem se mostrado promissora para o tratamento de diversas variações da doença em camundongos, sendo inclusive testada em casos de melanoma no Dana Farber Cancer Institute, nos Estados Unidos.

Com a formulação original da vacina, as moléculas encontradas em diversas células cancerígenas chamadas de antígenos associados a tumores (TAAs, na sigla em inglês), foram incorporadas dentro de um pequeno espaço do tamanho de uma aspirina para que as células dendríticas (que protegem o corpo de invasores, tanto exteriores quanto internos) conseguissem reconhecê-los rapidamente como algo estrangeiro ao corpo humano, criando uma resposta imune para lutar contra o tumor.

Segundo o estudo, os TAAs podem ser isolados de tumores colhidos ou identificados por uma sequência de genomas e, depois disso, manufaturados. Apesar de promissor, o processo para criar vacinas personalizadas para cada tipo de câncer pode ser longo e caro — uma limitação grande no desenvolvimento de uma vacina.

“Um dos fatores críticos que limitam o desenvolvimento de uma vacina do câncer é a seleção dos TAAs, porque, atualmente, temos apenas uma pequena biblioteca de antígenos conhecidos para apenas algumas pequenas linhas específicas celulares de alguns tumores, e é díficil prever qual pode construir uma resposta imune eficaz. Implementar drogas da quimioterapia dentro da vacina pode criar um grande número de células mortas que pode liberar os TAAs direto do tumor para as células dendríticas, cortando a parte longa e cara de produzir um antígeno”, garante Alex Najibi, coautor do estudo.



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