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31/10/2022 às 06h25min - Atualizada em 31/10/2022 às 06h25min

​Após derrota de Bolsonaro, caminhoneiros protestam e podem anunciar greve

Representante da categoria afirmou que movimento de transportadores autônomos vai se reunir nesta segunda-feira para definir rumos do protesto

Caminhoneiros vão se reunir nesta segunda-feira (31) para deliberar sobre uma possível greve da categoria em protesto à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já na noite neste domingo (30), algumas rodovias em Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná já registram mobilizações.

Segundo o representante do setor, o ato dos caminhoneiros é uma demonstração de protesto contra “abusos de poder do Supremo Tribunal Federal (STF)” que está culminando com uma insatisfação “já acumulada”. À reportagem, o homem afirmou que há manifestações na BR-101 em Santa Catarina, BR-277 no Paraná, BR-163 em Goiás. Também há um ato na BR-381, em Ipatinga, no interior de Minas.

O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Ourinhos (SP), Júnior Almeida, confirma que lideranças da categoria convocaram mobilizações em todo o país por insatisfação com o resultado das urnas. "Há indício de fraude, o resultado é suspeito, mas não vou entrar no mérito porque acho que é um assunto nebuloso para caminhoneiro falar", diz. "Mas a greve é geral, o país para de hoje [domingo] para amanhã [segunda-feira (31)]".

Conhecido como "Júnior de Ourinhos" pela categoria, o representante destaca que os caminhoneiros que estão paralisados desmobilizarão o movimento apenas se as eleições forem anuladas ou a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Se o Bolsonaro não me ligar, não acaba o movimento", afirma.

O caminhoneiro autônomo Janderson Maçaneiro, líder da categoria em Itajaí (SC), também considera o resultado eleitoral suspeito e sustenta que a mobilização está "ganhando corpo" para uma paralisação nacional. Porém, ele avalia que a mobilização é prematura e precisa ter um embasamento mais sólido de suposta fraude.

"Tem que ter pauta e fundamento para uma paralisação, até porque o Lula não vai assumir amanhã, vai assumir em janeiro. Daqui até janeiro o nosso presidente é Bolsonaro. Temos tempo para digerir, analisar os prós e contras para daí tomar decisão de ir para rua, fazer paralisação e tudo o mais", pondera.

O líder caminhoneiro sustenta, ainda, que a mobilização não é organizada apenas por caminhoneiros, e que conta com o apoio de parte da população. "É o povo que está na rua parando os caminhoneiros. Não são apenas os caminhoneiros que estão paralisando", sustenta.

“O caminhoneiro está manifestando a revolta daquilo que não veio a acontecer no 7 de setembro desse ano e do ano passado e agora temos uma eleição muito questionada e questionável”, citou o representante ao destacar a ausência de voto impresso, rechaçada pelo Congresso Federal.  

Questionado sobre a possibilidade de greve da categoria, ele afirmou que há uma possibilidade de escalada do movimento, “principalmente com apoio da população”. “Estamos aguardando o pronunciamento do Exército, que fez uma auditoria das urnas e ainda não apresentou os resultados, seja pelo turno ou segundo turno”, acrescentou. A categoria também reclamou de uma possível negativa para voto em trânsito dos caminhoneiros. 

Por fim, ele afirmou que a mobilização também é em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no pleito. 

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