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01/03/2023 às 10h17min - Atualizada em 01/03/2023 às 10h17min

Criança de 3 anos com espectro autista chega com lesões em casa e mãe denuncia escola de BH

A criança, diagnosticada com o transtorno do espectro autista, chegou em casa com vários ferimentos na perna e traumatizada; o caso é investigado pelas autoridades

com OTempo

"Minha filha está o tempo todo grudada comigo, não quer sair do meu colo. Quando está dormindo, ela começa a gritar, me chama". O relato é da autônoma Karina Lima dos Santos, de 36 anos, que denuncia que a filha de 3 anos e 11 meses, diagnosticada com o transtorno do espectro autista, foi agredida na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei), no bairro Ipiranga, na região Nordeste de Belo Horizonte, na última sexta-feira (24 de fevereiro). Segundo a mãe da menina, a criança chegou em casa com vários ferimentos pelo corpo. "Tinham lesões na perna dela que pareciam marcas de unhas. Eu desconfiei que não eram unhas de criança", descreve.

A autônoma Karina Lima dos Santos, de 36 anos, denuncia que a filha de 3 anos e 11 meses, diagnosticada com o transtorno do espectro autista, foi agredida na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei), no bairro Ipiranga, na região Nordeste de Belo Horizonte, na sexta (24).

A mãe percebeu os ferimentos na menina durante um momento de descontração na área de lazer do condomínio na última sexta-feira. "Eu estava na área da piscina com a minha mãe e a minha avó. Quando sentei minha filha na cadeirinha, a bermuda do uniforme subiu e logo percebi as lesões. Elas estavam muito nitídas", relata. O fato ocorreu por volta das 17h30, pouco depois que a mãe havia buscado a menina na unidade de ensino. "Quando vi eu fiquei muito revoltada, subi com ela para o apartamento e quando fui tirar a roupa dela para ver melhor, minha filha entrou em desespero", lembra.

Segundo Karina Santos, a filha, que está em processo de desfralde, foi resistente quando ela tentou tirar as roupas para verificar as lesões. "Ela não queria que eu trocasse a fralda dela", aponta. A mãe aponta que foi preciso conversar com a filha para conseguir contornar a situação. Após verificar a menina, ela foi junto à criança até a Delegacia de Plantão de Atendimento à Mulher, no Barro Preto, na região Centro-Sul da capital, para denunciar o ocorrido. 

No mesmo dia, ela e a filha foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML), onde a criança fez os exames de corpo de delito. "O médico legista disse que as lesões tinham sido provocadas a poucas horas e que, aparentemente, eram unhas de adultos. Ele não me entregou o laudo e disse que o resultado seria encaminhado para o delegado responsável pelo caso", conta.

A autônoma Karina Lima dos Santos revela que desconfia de que algo estivesse ocorrendo com a filha desde a quinta-feira da semana passada, dia 23 de fevereiro. A suspeita, segundo a mãe, teria começado quando ela deixou a criança na unidade de ensino do bairro Ipiranga. "A minha filha não demonstra dor e sofrimento quando está perto de pessoas desconhecidas. Mas nesse dia, quando deixei ela na escola, ela olhou para a monitora, depois para mim e começou a chorar", relembra.

Karina Santos diz que o ocorrido causou estranheza e, por isso, permaneceu na unidade de ensino e acompanhou o comportamento da filha pela janela da instituição. "Eu fiquei observando ela, até que a professora a acolheu e ela parou de chorar. Eu senti algo muito estranho nesse dia", relata. Ainda segundo a mãe, a situação se repetiu no dia seguinte, data em que a criança chegou em casa com os ferimentos. "Quando eu deixei ela na escola, aconteceu a mesma coisa. Só que eu vi a coordenadora e pedi uma reunião na segunda-feira (27), mas adiantei que queria a troca da monitora, porque sentia que a minha filha não estava se adaptando", conta. 

Segundo Karina, a coordenadora se comprometeu a substituir a profissional e agendou a reunião para a data sugerida pela mãe. "Achei tudo muito estranho, no dia que pedi a troca e a reunião, a minha filha chegou ferida em casa", questiona. Karina Santos diz que comunicou a escola sobre o ocorrido e que desde então tem mantido diálogo com os representantes da instituição. "As duas professoras demonstraram surpresa. Elas me contaram que minha filha tinha ficado bem dentro da sala de aula, que não tinha chorado", relata.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação, da prefeitura de Belo Horizonte, informou que está ciente do caso. "A diretoria regional está acompanhando a situação e realizando as apurações internas para a adoção de medidas cabíveis", disse.


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