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21/03/2023 às 07h23min - Atualizada em 21/03/2023 às 07h23min

​Doleiro da Lava Jato, Alberto Youssef, é preso pela PF em Santa Catarina

De acordo com a Justiça Federal do Paraná, o doleiro não teria cumprido com suas obrigações fiscais junto à Receita Federal.

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (20) o doleiro Alberto Youssef, responsável por uma das principais delações premiadas da Operação Lava Jato, por ordem do juiz federal Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Youssef foi capturado em Itapoa, Santa Catarina, onde mora, segundo sua defesa. A custódia preventiva de Youssef foi decretada no âmbito de uma representação fiscal para fins penais apresentada pela Receita Federal, que havia sido suspensa devido aos termos da delação premiada com o Ministério Público Federal, mas Appio anulou a suspensão. Segundo o magistrado, o acordo não abrange o procedimento em questão.

Appio destacou que não há notícia de que o doleiro tenha quitado seus débitos com o Fisco e que ele não apresentou seu endereço atualizado à Justiça, o que demonstra total desprestígio à justiça federal e certeza de impunidade. Além disso, o juiz mencionou que o acusado não devolveu todos os valores desviados e que suas condições atuais de vida são incompatíveis com a situação da maioria dos brasileiros. O magistrado apontou que Youssef foi um "verdadeiro arquiteto de diversas organizações criminosas" e sua multirreincidência revela incompatibilidade com o regime de liberdade provisória.

A defesa do doleiro informou que deve entrar com um pedido de soltura já nesta terça-feira (21), argumentando que os pontos citados na decisão de Appio estão esclarecidos nos autos da execução penal de Youssef. Appio fundamentou sua decisão de mandar Youssef de volta ao cárcere citando "indícios suficientes de autoria e comprovação da materialidade", destacando ainda a necessidade de "assegurar a aplicação da lei penal", uma vez que o doleiro teria mudado de domicílio sem comunicar previamente o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba.

O magistrado também enfatizou a "elevada periculosidade social" de Youssef, indicando que ele é multirreincidente em crimes de colarinho branco e lavagem de dinheiro, no Brasil e no exterior. Appio suspendeu a extensão dos benefícios da delação premiada de Youssef à representação fiscal para fins penais apresentada pela Receita Federal, ponderando que a suspensão do procedimento seria "verdadeira medida de impunidade". Segundo o juiz, na apuração identificou até tentativa de compra de um avião pelo doleiro, além da compra de um helicóptero. Appio questionou o que foi feito do restante dos valores apropriados por Youssef, já que não há nenhuma conta ou empresa off-shore mencionada no acordo de colaboração celebrado.

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