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04/04/2023 às 10h09min - Atualizada em 04/04/2023 às 10h09min

O Ministério Público está acompanhando a investigação sobre a reabertura de uma cratera em Sete Lagoas

Aberto em 1988, buraco foi coberto pela prefeitura, contrariando recomendações de geólogos. Eles diziam que de nada adiantaria porque aquele trecho da cidade está sobre uma espécie de rio subterrâneo

 

O Ministério Público de Minas Gerais acompanha a investigação sobre a reabertura de uma cratera, 35 anos depois, no meio de um dos bairros mais antigos e populosos de Sete Lagoas. No mesmo ponto onde um buraco se abriu em 4 março de 1988, o asfalto afundou e rachaduras apareceram em imóveis ao redor, no último domingo (2), o que levou à imediata interdição das vias. 

Desde então, equipes da Prefeitura de Sete Lagoas trabalham ininterruptamente para tentar descobrir o que provocou o novo incidente no cruzamento das ruas Tupiniquins e Nestor Fóscolo, no bairro Santa Luzia. Não há qualquer previsão para solução do problema, pois ainda sequer se sabe a causa.

“Em 1988 ocorreu um fenômeno nesta área e, na época, a Prefeitura fez intervenções com vários caminhões de pedras para aterrar o local. Agora fomos surpreendidos com esta acomodação do solo. Estamos trabalhando em conjunto com o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) para tentar descobrir as razões visualmente e, se não conseguirmos, vamos fazer um estudo geológico. Trabalharemos para resolver o problema e dar mais tranquilidade às pessoas”, comentou o secretário municipal de Obras, Antônio Garcia Maciel. 

Máquinas pesadas trabalham no local, inicialmente, sob o comando do SAAE, para avaliação das redes de água e esgoto. Outras intervenções serão realizadas na sequência pela Secretaria Municipal de Obras. Os trabalhos são acompanhados pelo presidente do SAAE, Robson Machado, e pelos promotores de Justiça Paulo César Ferreira e Carlos Eduardo Dutra Pires. 

Da primeira vez, cerca de 100 pessoas foram retiradas de suas casas por meses, até o poder público municipal tapar o buraco com pedras levadas por mais de 200 caminhões. Mas, durante a operação, viu-se que não era possível resolver a situação daquela maneira. 

A cratera até ganhou um nome: “Buraco do Cecé”. Uma referência direta ao prefeito da época, Marcelo Cecé Vasconcelos de Oliveira, que administrou a cidade por dois mandatos (1985 a 1988 e 1997 a 2000).

O buraco passou anos exposto, até a prefeitura decidir tapar tudo, contrariando recomendações de geólogos. Alguns pesquisadores diziam que de nada adiantaria porque aquele trecho, como grande parte do bairro e da cidade, estava sobre uma espécie de rio subterrâneo. Esse, aliás, seria o causador dos tremores constantes que a cidade vem registrando desde o ano passado, de acordo com especialistas.


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