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27/04/2023 às 15h03min - Atualizada em 27/04/2023 às 15h03min

Polícia Federal diz publicação no Telegram influenciou ataque na escola de Aracruz

Segundo as autoridades, o ator do atentado acabou sendo influenciado pelos materiais publicados na plataforma

 

A Polícia Federal divulgou um relatório ao qual aponta que o responsável pelo atentado na escola na cidade de Aracruz (ES) em 2022, foi influenciado por materiais antissemitas no Telegram. As mensagens eram veiculadas em grupos na plataforma. O jovem foi responsável por matar quatro pessoa e deixar outras 12 feridas. As informações são da colunista Bela Megale.

Segundo o delegado Leopoldo Soares Lacerda, as investigações mostram levou a suspensão da plataforma no Brasil . Segundo a Justiça brasileira, o Telegram não tem fornecido todos os dados necessários sobre os grupos neonazistas ao qual a corporação tem solicitado.

O relatório da PF constou que o autor do crime "se inspirou no material compartilhado no aplicativo para cometer o ato de extremismo violento”. 

Dentre os conteúdos que foram encontrados no aparelho celular do menor, estão compartilhamento de textos com conteúdos de como "matar pessoas com as mãos nuas" e manuais de suicídio, com interações nos grupos do Telegram. Além disso, foram coletados fotos do autor do crime, ao qual é possível "notar as semelhanças entre o comportamento e vestimenta utilizados por ele e o estereótipo dos materiais compartilhados no grupo", explica Lacerda.

O celular do jovem ainda continha fotos dele com o livro de Adolf Hitler, além de material nazista. "Com efeito, o menor infrator, no dia do ataque, utilizou uma suástica nazista no seu uniforme, o que demonstra a influência recebida do canal do Telegram", afirma o relatório.

Lacerda esclarece que "os administradores tanto do nefasto canal como do chat são os principais investigados". Segundo ele, "além de reunir adeptos para compartilhamento de mensagens de ódio, são os responsáveis pela disponibilização do material neonazista e de extremismo violento baixado pelo menor infrator em seu celular". 

Até o momento, por conta das barreiras impostas pela plataforma de mensagem, não foi possível que os administradores do canal antissemita fossem identificados.

Nesta quarta-feira (26), a Justiça Federal do Espírito Santo determinou que as operadoras de telefone e lojas de aplicativo suspendam imediatamento o acesso ao  Telegram. A decisão foi tomada após o aplicativo não entregar dados completos sobre as  medidas de combate a grupos neonazistas à Polícia Federal.

Além da suspensão no Brasil, a multa aplicada, que antes era de R$ 100 mil, passou para R$ 1 milhão a cada dia que a plataforma não fornecer os dados solicitados.

O Telegram teria ignorado pedidos do Ministério da Justiça para combater a difusão de grupos neonazistas que poderiam estar relacionados à disseminação de conteúdos que incentivem os ataques a escolas.

No último dia 21,  a plataforma enviou os dados de grupos neonazistas que trocam mensagens no aplicativo após determinação da Justiça.

A entrega ocorreu após o Ministério da Justiça entrar com um processo administrativo contra o aplicativo de mensagens. O Telegram negou o envio de informações sobre as medidas adotas pela empresa para evitar o envio de mensagens extremistas.


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