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07/05/2023 às 11h55min - Atualizada em 07/05/2023 às 11h55min

Morte súbita: a doença silenciosa que mata mais de 300 mil pessoas por ano no Brasil

A morte súbita é uma condição que causa uma parada cardíaca inesperada e pode ser fatal em questão de minutos. Estima-se que a doença seja responsável por mais de 300 mil mortes por ano no Brasil, um número maior do que a soma de mortes por câncer de mama, doenças pulmonares e acidentes. O risco de morte súbita aumenta com a idade e é mais comum em homens.

Os sintomas incluem arritmia cardíaca grave, colapso, falta de ar e parada da respiração. Infelizmente, menos de 10% das pessoas sobrevivem a uma parada cardíaca, tornando a prevenção de suas causas potenciais uma medida crucial.

Infarto em jovens: o aumento alarmante de enfermidades cardiovasculares

Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil, a cada dois minutos, uma pessoa morre devido a uma doença cardiovascular. O número de casos entre jovens está aumentando significativamente. Um dos principais problemas é a falta de conhecimento sobre os sintomas do infarto, que afeta apenas cerca de 2% da população brasileira. Estilo de vida sedentário, tabagismo, estresse, hipertensão arterial e diabetes são os principais fatores causadores da doença.

Segundo o cardiologista Leopoldo Piegas, a contração ou obstrução de uma artéria é a causa do problema. “O músculo cardíaco requer uma demanda constante de sangue rico em oxigênio para manter seu funcionamento adequado. Se algo impede o fluxo sanguíneo, o coração tem suas atividades comprometidas. Por isso, conhecer os sintomas e procurar ajuda rapidamente são atitudes de extrema importância”, explica.

Embora dores no peito, falta de ar, fadiga e náusea sejam fortes indicações de infarto, metade dos casos são silenciosos e não apresentam sinais. “A presença de alguns fatores de risco considerados clássicos expõe as vítimas a um maior risco de desenvolver doenças cardíacas. As consequências de um ataque cardíaco sem sintomas podem ser tão ruins quanto as de um ataque facilmente reconhecido”, alerta Piegas.

Relação entre a vacina Covid-19 e problemas cardíacos em mulheres jovens

Um estudo do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) no Reino Unido identificou uma possível relação entre a vacina AstraZeneca e um aumento do risco de problemas cardíacos em mulheres jovens. Três meses após uma única dose da vacina, mulheres entre 12 e 29 anos apresentaram um risco de infarto três vezes e meia maior do que o normal.

Os resultados da pesquisa, publicados pela revista científica Nature, indicam que outras vacinas, como a Pfizer/BioNTech e Moderna, não apresentam o mesmo risco. O estudo também destaca que o número de mortes causadas pela AstraZeneca é muito inferior ao número de mortes por Covid-19, reforçando a segurança da vacinação contra a doença. 

Anvisa esclarece sobre risco de miocardite e pericardite pós-vacinação

A Anvisa e o Ministério da Saúde emitiram um comunicado afirmando que o risco de miocardite e pericardite após a vacinação contra a Covid-19 permanece baixo e que a recomendação de continuidade da vacinação está mantida, pois os benefícios superam os riscos. Desde a aprovação das vacinas no Brasil, a Anvisa e o MS monitoram e investigam a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação (Esavi) e notificaram que até 31 de dezembro de 2022 foram administradas 501.573.962 doses, com 154 casos de miocardite notificados, correspondendo a uma incidência de 0,031 a cada 100 mil doses aplicadas. 

A literatura aponta que a incidência dessas doenças associada à vacina varia entre 0,58 e 2,4 a cada 100 mil doses aplicadas. A taxa de miocardite associada à própria doença é de 30 casos por milhão para a população em geral. É importante destacar que, quando eventos como miocardite e pericardite ocorrem após a vacinação, há necessidade de uma investigação clínica para confirmar ou descartar o diagnóstico e analisar a relação causal com a vacina. A Anvisa reitera que as notificações recebidas são investigadas e classificadas de acordo com critérios estabelecidos internacionalmente.

Tomar vacina contra a Covid-19 é seguro? 

O mesmo risco não foi identificado em outras vacinas contra a Covid-19, como fabricadas pela Pfizer/BioNTech e Moderna. O mesmo estudo também afirma que o número de mortes por causa da AstraZeneca é muito inferior ao número de mortes por Covid-19. Foi constatado que uma morte ocorria a cada 12 mil não vacinados, enquanto que entre os vacinados era uma em cada 56 mil jovens. Ou seja, as mortes entre os não-vacinados ocorreram quase 5 vezes mais.

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