​Laudo final não aponta falha humana ou mecânica em acidente que matou Marília Mendonça e mais quatro ocupantes da aeronave

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira, divulgou hoje o relatório final sobre o acidente aéreo que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas em novembro de 2021, em Minas Gerais. Segundo o relatório, tanto a falha humana quanto a falha mecânica foram descartadas como causas do acidente.

O advogado da família da artista, Robson Cunha, foi o responsável por informar os jornalistas em Brasília sobre as conclusões do laudo. Ele afirmou que todas as decisões tomadas pelo piloto na ocasião, mesmo estando fora do plano de voo, foram consideradas corretas, e que a aeronave estava voando na altitude adequada.

No entanto, o relatório aponta para uma possível contribuição da torre de energia da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig), que foi identificada como um obstáculo no dia do acidente.

Os trabalhos de investigação foram concluídos na semana passada, quando o Cenipa convocou os parentes e representantes das famílias das vítimas para apresentar os resultados.

É importante ressaltar que o Cenipa enfatiza que seu objetivo é a prevenção de acidentes, conforme estabelecido pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA). As investigações não têm como objetivo atribuir culpa ou responsabilidade, nem buscar uma causa provável para o acidente, mas sim identificar possíveis fatores contribuintes e propor medidas de segurança para aprimorar a segurança de voo.

Com base no laudo do Cenipa, as autoridades competentes poderão adotar recomendações de segurança para evitar situações semelhantes no futuro. O acidente que tirou a vida de Marília Mendonça e de outros quatro ocupantes da aeronave levanta questões importantes sobre a segurança da aviação e a necessidade contínua de melhorias e medidas preventivas.