A demolição do edifício ocorreu com total segurança e foi totalmente custeada pelo município, que buscará ressarcimento do valor gasto. Os trabalhos duraram cerca de 11 horas e, além de 5 máquinas e 50 trabalhadores, a ação contou com o apoio dos bombeiros, da Cemig, da Copasa, do Samu, da Guarda, da Polícia Militar, além de vários setores da prefeitura.
“Os técnicos da Defesa Civil vão, agora, vistoriar as 15 casas dos moradores que tiveram que sair das residências para verificar se a estrutura delas não foi comprometida. Depois disso, se tudo estiver certo, eles podem voltar para suas casas”, esclareceu o superintendente de Defesa Civil, coronel Walfrido Lopes.
Até que a prefeitura conseguisse eliminar qualquer risco de queda do edifício, a decisão pela demolição virou uma guerra judicial. Um dia após o tombamento, o município se reuniu com a defesa da construtora e exigiu que a empresa realocasse as famílias e demolisse o prédio, conforme recomendou a Defesa Civil.
Mas, sem ter o retorno da construtora, a prefeitura contratou uma empresa especializada em demolições para executar o serviço e entrou com uma ação na Justiça pedindo que a construtora arcasse com todas as despesas que as famílias prejudicadas tiveram, e que indenizasse os moradores que foram afetados.
No entanto, mesmo a Justiça sendo favorável aos pedidos da prefeitura, a construtora chegou a solicitar judicialmente que fosse feita uma perícia judicial e que a derrubada fosse suspensa até lá, o que foi negado. No fim, o município venceu a batalha judicial em favor dos moradores e derrubou o prédio.