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12/06/2023 às 19h30min - Atualizada em 12/06/2023 às 19h30min

Inquérito da morte de empresário de MG aponta motivo torpe, sem chance de defesa

Sócio teria comprado lona e pás para cometer o crime; ele e outro suspeito foram presos preventivamente

O empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, foi rendido, levado a uma mata a 80 km de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul (RS), e assassinado com nove tiros pelas costas. De acordo com a Polícia Civil do RS, o crime aconteceu ainda na sexta-feira (2), mesmo dia em que Samuel almoçou com um sócio e teve o último contato com a família. 

Segundo o delegado de polícia Mario Souza, diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa - DHPP, dois homens são suspeitos de envolvimento no crime e foram presos preventivamente. Um deles é o sócio de Samuel, responsável por uma dívida estimada de R$ 5 milhões, referente a 44 veículos. O outro suspeito tem a identidade em sigilo. 

Sócio ‘amigo’ teria planejado assassinato 

A investigação da Polícia Civil aponta que o sócio teria preparado o homicídio antes de se encontrar para negociar dívida com Samuel, na sexta-feira (2). “O sócio comprou pás e lona para resolver a situação do corpo. Houve um desenho criminoso e o envolvimento de um comparsa, que ainda investigamos qual a sua colaboração”, detalha o delegado. 

Souza reforça que não houve acionamento da polícia antes do homicídio, uma vez que a vítima pode não ter suspeitado que corria risco. “Ele (Samuel) veio cobrar a dívida sozinho. A polícia não teve nenhuma informação antes do seu desaparecimento. Em tese, ele confiava no sócio, era um amigo”. 

Samuel Eberth de Melo era proprietário de uma revendedora de carros em Belo Horizonte e viajou até Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, para encontrar o sócio e tentar resolver a dívida estimada em R$ 5 milhões. A última vez que foi visto foi na sexta (2), em um posto de combustível, junto do parceiro de negócios. “Possivelmente os dois entraram em um desajuste, o que levou ao crime no mesmo dia. Parece, até o momento, que o crime gira em torno de dinheiro”, diz o delegado. 

Encontro do corpo: longas buscas e ajuda de cão farejador 

Samuel foi encontrado morto neste domingo (11/06) em Santo Antônio da Patrulha após sete dias de buscas pela polícia. A cidade fica a pouco mais de 80 km de Novo Hamburgo, onde o empresário foi cobrar uma dívida. O corpo já foi devolvido à família.

De acordo com o delegado de polícia Mario Souza, as buscas começaram no sábado (3), logo após a polícia ser acionada pela família de Samuel. Além da polícia civil, houve apoio de brigada militar e do corpo de bombeiros. “Foram buscas incessantes. Dividimos a equipe de cerca de 80 agentes realizando rondas nas ruas de Novo Hamburgo e na zona rural, onde o corpo foi encontrado. Foi preciso o uso de drones, aeronaves e cães farejadores”, detalha. 

O primeiro indício de onde estaria o corpo foi anunciado por um cão da brigada militar. “Um cão farejador encontrou o óculos que seria do Samuel. A partir daí, foi possível seguir o caminho até encontrar o corpo da vítima”, conta. 

Caso mais complexo da Polícia Civil do Rio Grande do Sul em 2023 

A investigação do assassinato do empresário mineiro marcou a equipe da Polícia Civil do RS como o mais complexo no âmbito de homício e proteção à pessoa de 2023 até então. "Suspeitávamos, desde o início, que poderia ser homicídio, e começamos uma investigação de uma vítima que não tinha rotina no estado, era de fora, e empresários com vida privada. Então, envolveu uma complexidade muito grande, apuramos de Novo Hamburgo até o litoral, uma área enorme que os agentes caminharam para investigar”, afirma o delegado Souza. 

O delegado celebra a satisfação em poder encontrar o corpo da vítima e entregá-lo à família. “Estamos satisfeitos. Claro, queríamos ter impedido o pior, mas, desde o momento em que fomos acionados, conseguimos a nossa missão: encontrar o corpo e devolvê-lo à família”. 

Dois suspeitos foram preso

Dois suspeitos de envolvimento na morte do empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, foram presos preventivamente pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que investiga o caso. As investigações partem agora para segunda fase, focada em apurar possível lavagem de dinheiro. 

De acordo com a delegada Marcela Ehler, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa de Novo Hamburgo, a investigação vai apurar suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro da dívida cobrada por Samuel. "Até que encontrássemos o corpo, nada relativo ao patrimônio foi apurado porque a prioridade era encontrar a vítima. Daqui em diante, finalizado o caso do homicídio, será iniciada investigação patrimonial sobre estelionato e eventual lavagem de dinheiro", diz. 
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