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20/06/2023 às 18h12min - Atualizada em 20/06/2023 às 18h12min

Operação Midas desmantela esquema de golpe financeiro em distrito de Barbacena

Barbacena, Campo das Vertentes - Na manhã desta terça-feira (20 de junho), os moradores do pacato distrito de Correia de Almeida, em Barbacena, foram surpreendidos por uma intensa ação policial durante a operação "Midas", conduzida pela Polícia Civil. Três indivíduos, sendo um homem e duas mulheres, foram detidos sob suspeita de integrarem uma quadrilha responsável por um esquema de golpe financeiro que causou um prejuízo estimado em R$ 15 milhões em todo o país.

A operação resultou no cumprimento de três mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão no distrito. Durante as diligências, foram confiscados documentos, mídias e dispositivos eletrônicos, além de uma arma de fogo calibre 32, acompanhada por 10 cartuchos. A ação é fruto de uma investigação sobre um caso de estelionato, no qual o trio atraía investidores, prometendo juros diários de 2%, alegando que os lucros seriam provenientes de operações na bolsa de valores.

Embora a polícia afirme que apenas a análise dos materiais apreendidos revelará a extensão real do golpe financeiro perpetrado pelo grupo, estima-se que o prejuízo causado apenas aos habitantes de Barbacena alcance a cifra de R$ 1,5 milhão. Além de suas vítimas em outras cidades de Minas Gerais, a quadrilha também teria aplicado o golpe em municípios da Bahia e do Rio de Janeiro.

O esquema fraudulento conduzido pelo homem e pelas duas mulheres assemelha-se ao conhecido "esquema Ponzi". Nesse tipo de fraude, os suspeitos estabelecem uma pirâmide financeira, na qual os últimos clientes cadastrados pagam os supostos "lucros" parcialmente para os primeiros a adentrarem o esquema.

"A expectativa é criada de que, em algum momento, todos receberão os valores depositados, entretanto, aqueles que chegam por último não são beneficiados, pois não há mais captação de recursos", detalha a Polícia Civil.

Quadrilha cria empresas ilegais, incluindo corretora fictícia, e oferece "cursos"

Os criminosos alvo da operação "Midas" são considerados uma "organização criminosa", uma vez que chegaram a estabelecer duas empresas para facilitar a prática do crime.

Uma das empresas, supostamente uma corretora de valores, operava sem qualquer autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou do Banco Central. A outra empresa oferecia cursos sobre "como operar na bolsa de valores". "Todas as empresas tinham o objetivo de captar recursos e lavar dinheiro", acrescentou a polícia.

Ostentação

Ainda de acordo com a polícia, os investigados ostentavam um "alto padrão de vida". O trio promovia eventos, com o aluguel de veículos e salões de festas de luxo, com o único objetivo de atrair mais clientes para o negócio fraudulento.

Os três foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil em Barbacena, onde tiveram os depoimentos colhidos antes de serem encaminhados ao sistema prisional. Agora, as investigações continuam.
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