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27/07/2023 às 12h09min - Atualizada em 27/07/2023 às 12h09min

Cantora irlandesa Sinéad O’Connor morre aos 56 anos

Um dos nomes mais conhecidos da música mundial, a cantora irlandesa Sinéad O’Connor morreu aos 56 anos de idade.

Um dos nomes mais conhecidos da música mundial, a cantora irlandesa Sinéad O’Connor morreu aos 56 anos de idade, disse o jornal “Irish Times”. A informação foi confirmada pela família da artista, que em comunicado disse: “Sua família e amigos estão devastados e pediram privacidade neste momento tão difícil”. A causa de morte ainda não foi divulgada.

Ela foi aclamada pela crítica em seu primeiro álbum, “The Lion And The Cobra”, de 1987, mas alcançou fama mundial mesmo em 1990, com o cover da música “Nothing Compares 2 U“, de Prince. O hit chegou a ser eleito o single número 1 do mundo pelo Billboard Music Awards e hoje acumula mais de 400 milhões de views no YouTube.

Ao todo, a irlandesa lançou 10 álbuns de estúdio. O último, “I Do Not Want What I Haven’t Got”, recebeu o prêmio inaugural de Álbum Irlandês Clássico no RTÉ Choice Music Awards no início deste ano. Na ocasião, Sinead dedicou o feito a “todo e qualquer membro da comunidade de refugiados da Irlanda”. Ela ainda planejava lançar um novo álbum em breve, segundo publicação em sua rede social, com uma turnê que passaria por Oceania, Europa e Estados Unidos entre 2024 e 2025.

Conhecida tanto por sua cabeça raspada quanto por suas opiniões contundentes sobre religião, sexo, feminismo e guerra, assim como por sua música, ela será lembrada em certos círculos por rasgar uma foto do Papa João Paulo II durante uma aparição na televisão no programa “Saturday Night Live”, em 1992. Em 2018, a cantora havia se convertido ao Islamismo e trocou de nome, passando a adotar Shuhada ‘Sadaqat.

A artista, que já falou várias vezes sobre sua luta contra a depressão, sofreu um grande trauma no ano passado: seu filho Shane, de 17 anos, foi encontrado morto na Irlanda. Na época da tragédia, Sinead O’Connor chegou a ser hospitalizada. No Twitter, ela confirmou que a morte foi suicídio, ao postar que Shane “decidiu encerrar sua luta terrena” e ameaçou processar o hospital onde ele, que também lutava contra a depressão e pensamentos suicidas, estava internado. Ela deixa outros três filhos.

Trajetória de Sinead O’Connor

Nascida em 1966 em Dublin, na Irlanda, Sinéad O’Connor foi um dos principais nomes da música do país. Ela estreou em 1987, com o disco The Lion and the Cobra; o álbum trazia músicas dedicadas à sua mãe, que havia falecido naquela época.

Em 1990, com o disco I Do Not Want What I Haven’t Got, a cantora ficou mundialmente famosa, sobretudo por sua versão de Nothing Compares 2 U. A faixa chegou ao primeiro lugar das paradas nos Estados Unidos. 

O último disco da artista foi lançado em 2011 e se chama Home. Nos últimos anos, Sinead se envolveu em diversas polêmicas. Ativista dos direitos das mulheres, ela acusou Prince de ter tentado agredi-la. O norte-americano morreu em 2016.

A irlandesa também foi uma importante figura do mundo LGBTQIAP+. Ainda durante seu auge, ela se assumiu lésbica e enfrentou o preconceito da indústria.

Sinéad deixa três filhos: Jake Reynolds, Roisin Waters e Yeshua Francis Neil Bonadio.

No Twitter, Leo Varadkar, primeiro ministro da Irlanda, escreveu: “Lamento muito saber da morte de Sinéad O’Connor. Sua música era amada em todo o mundo e seu talento era inigualável e incomparável. Condolências à família, aos amigos e a todos que amavam sua música”.

Paul Feig, diretor norte-americano, postou: “Isso é incrivelmente triste. O que mais pode ser dito? Ela era um talento incrível. Sua música viverá. Descanse em paz, Sinead.”

Tim Burgess , vocalista da banda de rock britânica The Charlatans , escreveu no Twitter que “Sinead era a verdadeira personificação do espírito punk”.

O jornalista irlandês e apresentador de TV Conor Pope disse: “Não há muitas notícias que irão parar quase todos os irlandeses. Esta notícia muito triste é uma delas. RIP para uma das melhores cantoras desta – ou de qualquer outra – geração.”

O ator Rob Delaney também prestou suas homenagens online: “Eu vi Sinéad ao vivo muitas vezes. A primeira vez foi quando eu tinha 12 anos, com minha irmã, com minha mãe. Minha mulher e eu ouvíamos ela o tempo todo. Meu filho Henry ouvia ela, e eu penso nele sempre que ouço ela agora. Eu fiquei tão triste quando o filho dela morreu. Eu a amo. Ela é minha heroína na arte e na honestidade. O livro dela é muito especial e é uma daquelas coisas que eu encontrei na minha vida que me fizeram acreditar que há algo por aí, além de nós, que é bom, que este mundo tenta nos fazer esquecer. Eu te amo, Sinéad. Obrigado.”

*Com Reuters


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