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09/12/2020 às 11h07min - Atualizada em 09/12/2020 às 11h07min

Racismo no futebol - PSG x Basaksehir leva a protestos e partida adiada na Champions League

​Ambas as equipes mostraram indignação e abandonaram o campo após mais um caso absurdo de racismo no futebol; jogo foi adiado hoje (9)

É uma cena que provoca indignação em qualquer um que tenha o mínimo de decência: em meio à confusão na partida entre PSG x Istanbul Basaksehir, pela Liga dos Campeões, com o banco do time turco pedindo cartão amarelo para Kimpembe, o quarto árbitro da partida, Sebastian Colţescu, proferiu uma ofensa racial a Pierre Webó, ex-jogador e assistente técnico do clube turco.

O que aconteceu à partir daí, porém, foi histórico, ainda que tenha acontecido após mais um momento extremamente triste de racismo no futebol: liderados por Demba Ba, atletas de ambas as equipes abandonaram o gramado e se recusaram a jogar após o caso.

Inicialmente, o árbitro Ovidiu Hategan, chamado pelo quarto árbitro, havia expulsado Webó. Demba Ba, que estava no banco, porém, se indignou com o ocorrido, assumiu o controle da situação e explicou para o árbitro e para os jogadores de ambas as equipes o que havia acontecido.

A Uefa confirmou na manhã desta quarta-feira que o cartão vermelho apresentado para Webó foi anulado. Assim, o assistente do Basaksehir poderá ficar no banco de reservas na retomada da partida, que acontece neste dia 9, às 14h55 (de Brasília). A entidade, no entanto, disse que vai investigar o motivo do cartão vermelho apresentado ao camaronês.

Assim, após rápida conversa, jogadores de ambas as equipes decidiram abandonar o gramado. Tanto o delegado da Uefa quanto o diretor de futebol do PSG, Leonardo, também desceram das tribunas para entender o que estava acontecendo.

Desta maneira, os atletas - liderados por Demba Ba, reserva do time turco - Keylor Navas, Marquinhos, Danilo Pereira, Presnel Kimpembe, Alessandro Florenzi, Leandro Paredes, Marco Verratti, Rafinha Alcântara, Mitchel Bakker, Neymar Jr. e Kylian Mbappé, do PSG, e Mert Günok, Rafael Pereira, Mahmut Tekdemir, Carlos Ponck, Hasan Ali Kaldırım; Berkay Özcan, Irfan Kahveci, Mehmet Topal; Deniz Türüç, Enzo Crivelli e Fredrik Gulbrandsen, do Istabul, fizeram história e saíram de campo após mais um caso de racismo no futebol.

Um ato de coragem, único, que mostra o que todos já sabemos: ninguém aguenta mais conviver com o racismo no mundo, e no futebol. Pouco importa o resultado da partida e quem está classificado: o que está em jogo é muito mais do que futebol. 

Os titulares também tiveram apoio de Thilo Kehrer, Ángel di María, Sergio Rico, Moise Kean, Layvin Kurzawa, Ander Herrera, Abdou Diallo, Idrissa Gueye, Alexandre Letellier, Colin Dagba, Timothée Pembele e Bandiougou Fadiga, reservas do PSG, e Volkan Babacan, Nacer Chadli, Ahmet Said Kivanç, Giuliano, Boli Bolingoli-Mbombo, Emre Kaplan e Enes Karakus, reservas do Istanbul.

O jogo, então, foi suspenso pela Uefa por tempo indeterminado. A entidade até tentou determinar o reinício do jogo para as 18h (de Brasília), mas os jogadores do Istanbul Basaksehir se recusaram a jogar - já que o quarto árbitro seria deslocado para a cabine do VAR e seguiria envolvido na partida.

Assim, após duas horas de paralisação, a Uefa decretou que a partida foi adiada e será disputada nesta quarta-feira (9), às 14h55 (de Brasília), à partir do 14º minuto de jogo. Ainda não foi divulgado o que acontecerá com o quarto árbitro, Sebastian Colţescu.

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