Oia Notícias Publicidade 728x90
27/12/2020 às 09h39min - Atualizada em 27/12/2020 às 09h39min

​Do que é feita a vacina contra o novo coronavírus

Veja uma pequena explicação das substâncias que estão presentes nas vacinas contra a Covid-19


O novo coronavírus é uma bolotinha espetada de cerca de 100 nanômetros de diâmetro (menos de um milésimo da espessura de um fio de cabelo) composta essencialmente de proteínas, material genético e, no caso do Sars-CoV-2, lipídios. Para fazer uma vacina, é preciso pegar emprestado do patógeno ao menos uma dessas partes.

A maneira mais fácil é usar o pacote completo, ou seja, fabricar um montão de partículas virais, matar esses vírus e injetá-los na pessoa a ser imunizada. Essas são as vacinas inativadas, como a Coronavac, desenvolvida pela parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, em São Paulo. Um método parecido é usado para fazer a vacina contra a gripe.

Nesse processo, o vírus produzido em laboratório é tratado quimicamente com uma solução de formaldeído (formol), que o mata sem destruir a estrutura. Isso permite que, uma vez no organismo, ele possa ser reconhecido pelo sistema imunológico, o que desencadeia a formação da memória imunológica. Com isso, o organismo pode responder com maior eficiência a uma infecção real.

Enquanto os vírus para a vacina contra a gripe são produzidos a partir da infecção de ovos de galinha, os da Coronavac se multiplicam em células do tipo Vero. Essas células foram coletadas na década de 1960 do rim de um macaco africano do gênero Chlorocebus e são cultivadas em laboratório desde então.

Além do vírus inativado, a seringa da vacina também contém água, alguns sais, estabilizantes e o adjuvante hidróxido de alumínio, que tem o papel de amplificar a resposta imunológica do organismo.

Já a proposta das farmacêuticas Pfizer, em parceria com BioNTech, e Moderna vai em outra direção. Aqui a grande estrela é o material genético do vírus, feito de RNA. A tecnologia, que até então não tinha sido empregada em vacinas destinadas a humanos, consiste em usar um segmento do material genético do vírus, no caso o responsável pela síntese de uma proteína, a S, da espícula, estrutura responsável pela ligação do vírus a células do trato respiratório e posterior invasão.

Esse RNA é envolvido em uma pequena bolha de lipídios, nanopartículas especialmente desenvolvidas e reunidas para terem duas características: conservar a integridade do RNA e permitir, após a injeção, o "delivery" do RNA diretamente para o interior das células da pessoa.

A injeção das vacinas de RNA contém outras moléculas importantes, como o polietilenoglicol, que permite vida mais longa para o RNA nanoencapsulado dentro do organismo humano, preservando o potencial da vacina. A sacarose, também presente, ajuda na estabilidade e integridade em diferentes temperaturas.

Entre os componentes desse tipo de vacina estão estabilizantes, com o polisorbato 80 (também usado em sorvetes), além de moléculas muito usadas em medicamentos e outras vacinas, que ajudam a preservar as partículas virais intactas, seja mantendo o pH da solução ou a concentração de íons na solução.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Oia Notícias Publicidade 1200x90
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp