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08/07/2024 às 08h13min - Atualizada em 08/07/2024 às 08h13min

Secretário de Defesa Social de Vespasiano é indiciado suspeito de morder seio de servidora

O secretário de Defesa Social de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por assédio sexual. Em março deste ano, uma servidora o acusou de ter mordido o seio dela.

William Soares Santos, de 62 anos, foi denunciado pela servidora, de 40, que era subordinada a ele. Segundo o depoimento da mulher à polícia, o secretário disse, no ambiente de trabalho, palavras de "conotação sexual" e, em seguida, mordeu o seio dela.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) disse que o inquérito tramita em segredo de Justiça. Fontes ligadas ao caso afirmam que a vítima foi convocada a depor na Promotoria de Vespasiano na última semana.

A mulher ainda mencionou episódios anteriores de assédio moral cometidos contra ela e outros servidores. Há pelo menos cinco denúncias registradas contra o secretário na polícia.

Ao ser procurada  a Prefeitura de Vespasiano afirmou que após tomar conhecimento "sobre novos fatos de possível importunação sexual" envolvendo o secretário, "determinou a abertura de um novo processo administrativo para a apuração" do caso.

A reportagem tenta contato com a defesa do secretário.

'Gordas e incompetentes' e 'mamar no peito'

Há pelo menos outras quatro denúncias de assédio moral e sexual contra William Soares dos Santos que estão sendo investigadas pela polícia. A instituição disse que ainda não há informações que possam ser divulgadas sobre as apurações.

Em maio deste ano, uma servidora de 31 anos procurou a polícia dizendo que o secretário fazia "contatos físicos abusivos", incluindo nos seios, além de ofensas e insultos relacionados à inteligência e à aparência física.

Essa servidora também procurou o Ministério Público e relatou que os problemas começaram em junho de 2022. Disse que Santos é um homem muito grosseiro e que chamava ela e outras colegas de "gordas e incompetentes".

"Além dessas condutas caracterizadoras de assédio moral, o Secretário William também assediava sexualmente a declarante e outras servidoras; que em diversas ocasiões ele dizia que queria 'mamar no peito' da declarante e que queria 'leitinho quentinho'", apontou o relatório do MPMG com o depoimento da vítima.

Ela citou um outro episódio, em abril deste ano, em que foi pedir autorização ao secretário para permanecer na prefeitura em vez de acompanhar um evento externo, e ele respondeu com referências a sexo oral e a beijo na boca.

Dez dias depois, outra servidora, de 33 anos, também denunciou o homem por assédio moral, injúria e importunação sexual. O depoimento dela descrevia um modus operandi semelhante ao relatado pela colega anteriormente.

À polícia, essa servidora disse que demorou para denunciar por medo de ser dispensada da secretaria. Segundo o relato, Santos usa do cargo e da condição hierárquica para tais condutas.

No início de junho, uma mulher de 52 anos procurou a polícia dizendo que estava sendo difamada pelo secretário nas redes sociais. Isso porque ela testemunhou um momento em que ele teria admitido que tocou nos seios de outra servidora.

Na ocasião, disse que ele fez ameaças de cortes nos valores pagos em horas extras e também no vale refeição de quem "acreditasse nos relatos de abuso sexual".

No dia seguinte, uma outra mulher, de 54 anos, também procurou a polícia relatando as mesmas ofensas sobre a aparência física e a inteligência das mulheres, além de abordagens com cunho sexual.

O que é indiciamento?

O indiciamento é o procedimento em que o delegado de polícia, no âmbito de uma investigação, conclui que há indícios de crime e associa os possíveis delitos a uma pessoa ou grupo de pessoas.

Isso é feito a partir dos elementos de informação colhidos na apuração — as diligências feitas pelos policiais, como a análise de materiais apreendidos e depoimentos.

De posse do material, a polícia elabora um relatório com suas conclusões. Neste documento, pode citar os possíveis crimes cometidos e como cada pessoa teria atuado nas condutas ilícitas. Os envolvidos passam à condição de indiciados.

Depois disso, o documento é enviado ao Ministério Público, que faz as análises e decide se encaminha ou não a denúncia para a Justiça.

Caso o Ministério Público apresente e a Justiça aceite a denúncia, o indiciado se torna réu e se inicia um processo judicial.

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