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22/10/2021 às 07h51min - Atualizada em 22/10/2021 às 07h51min

Corrida aos postos de combustível pode agravar desabastecimento em Minas

Sindicato confirmou que a paralisação já impacta os mineiros, com falta de combustível em alguns locais

A greve dos tanqueiros, deflagrada nesta quinta-feira (21) em Minas Gerais, já impacta a vida dos mineiros. Em alguns locais começa a faltar combustível, mas uma corrida aos postos de gasolina pode agravar a situação, avaliou o Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais).

Encher o tanque sem necessidade, neste momento, pode fazer faltar o produto para outros motoristas. "É justamente essa ação que pode causar e agravar o desabastecimento", explicou o sindicato.

O movimento grevista, que não tem data para ser encerrado, ocorre em protesto contra a escalada do preço do combustível. "O Minaspetro está monitorando a situação da greve dos tanqueiros e informa que os postos com estoques reduzidos já apresentam problemas de abastecimento", ressaltou.

Em nota divulgada na noite desta quinta (21/10), o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) informou que a greve dos tanqueiros já provoca “estoque reduzido” e “problemas de abastecimento” em Minas Gerais.

“Com a paralisação, todas as regiões do estado estão sendo prejudicadas, impactando fortemente o abastecimento de Minas Gerais, tendo em vista que a base de Betim é estratégica para a distribuição de combustíveis”, informou o sindicato.

O Minaspetro alega que fez contato, “desde o início da pandemia”, com o Governo de Minas para congelar o preço final dos combustíveis, índice no qual o ICMS incide. “O congelamento do preço de pauta conteria momentaneamente a escalada dos preços na bomba”, informa o sindicato. Por outro lado, o sindicato pede para que a população não “faça uma corrida aos postos” para não “agravar o desabastecimento”.

Greve

O Sindtanque (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo) informou que a greve segue "firme e forte". A estimativa é de que 80% da categoria aderiu à greve.

“Em protesto contra o ICMS dos combustíveis em Minas e os altos custos dos combustíveis praticados pela Petrobras, dois caixões, simbolizando a ‘morte do frete’, foram colocados na entrada da BR Distribuidora. O movimento também está sendo realizado no Rio de Janeiro e Espírito Santo”, divulgou o Sinditanque-MG. 

O governo de Minas ainda não declarou quando vai se reunir com os manifestantes. O Executivo estadual lembrou que, no último dia 13, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que estabelece um valor fixo para o ICMS dos combustíveis em todo o país. 

Os governos estaduais já se posicionaram contra a mudança e afirmam que ela representaria perda anual de R$ 32 bilhões em arrecadação, R$ 3,6 bilhões só em Minas Gerais. 

"Essa redução também terá impacto direto nos cofres dos 853 municípios mineiros, uma vez que 25% (R$ 900 milhões) são destinados às prefeituras. Importante ressaltar que esses recursos são essenciais para o funcionamento dos serviços públicos necessários para toda a população", declarou, por meio de nota. 

Mais uma vez, o governo de Minas reforçou que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis devem-se à política de preços praticada pela Petrobras, e não ao ICMS. 

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