​Biomédica é presa após morte durante procedimento estético em clínica de Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a morte de uma mulher de 46 anos durante um procedimento estético em uma clínica em Divinópolis, no Centro-Oeste do estado. Segundo as informações, a vítima sofreu uma parada cardíaca durante a lipoescultura e não resistiu. Uma biomédica, responsável pelo estabelecimento, foi presa nesta terça-feira (9).

De acordo com a perícia, foram encontradas dez perfurações no abdômen da vítima e outras duas nos glúteos, além de hemorragia relacionada ao procedimento. A clínica, segundo a Polícia Civil, não possuía autorização para realizar cirurgias e não tinha estrutura física adequada para atendimento emergencial.

Além da biomédica, uma técnica de enfermagem também foi presa e ambas são investigadas por homicídio doloso, quando não há intenção de matar.

O relatório policial afirma que o companheiro da vítima a deixou na clínica por volta das 6h30 da manhã de segunda-feira (8) para realizar o procedimento. Durante o processo, ela sofreu uma parada cardíaca e foi encaminhada em estado grave para um hospital, mas não resistiu e faleceu na noite do mesmo dia. Exames feitos pelo Instituto Médico Legal vão determinar a causa da morte.

A Polícia Civil coletou materiais usados no procedimento, registros do paciente, caixas de injetáveis, dois computadores e um celular para usar na investigação. Segundo a perita forense Paula Lamounier, quando a polícia chegou ao local, não encontrou o dispositivo usado no procedimento e a biomédica afirmou que ainda não havia começado a lipoescultura.

A clínica tinha autorização apenas para operar como estabelecimento estético e não possuía a estrutura física necessária para realizar procedimentos cirúrgicos e fornecer cuidados de emergência adequados.