O goleiro Everson, do Atlético, foi alvo de racismo após o empate por 1 a 1 com o Libertad, do Paraguai, pela Copa Libertadores. O caso foi registrado depois do jogo realizado no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção - com o resultado, o Galo avançou às oitavas de final da competição.
Everson foi xingado de 'macaco' por um torcedor do Libertad, que ainda fez gestos. O caso foi registrado em vídeo pela assessoria de comunicação do Atlético. A Itatiaia apurou que o árbitro da partida, Fernando Rapallini, da Argentina, vai registrar o caso na súmula.
¨Indignação é a palavra que define o sentimento do Galo diante das manifestações racistas de torcedores do Libertad, dirigidas ao goleiro Everson. Punições realmente severas precisam ser aplicadas para que essas cenas covardes e inadmissíveis, vistas no Defensores del Chaco, não aconteçam nos estádios da América do Sul. Ao nosso paredão e multicampeão Everson, o carinho e a admiração de toda a Massa Atleticana.
O Atlético registrou imagens dos lamentáveis insultos racistas e o diretor de futebol do Clube, Rodrigo Caetano, as encaminhou de imediato ao delegado da partida, para dar conhecimento do ocorrido à Conmebol¨.
Indignação é a palavra que define o sentimento do Galo diante das manifestações racistas de torcedores do Libertad, dirigidas ao goleiro Everson.
— Atlético (@Atletico) June 28, 2023
Punições realmente severas precisam ser aplicadas para que essas cenas covardes e inadmissíveis, vistas no Defensores del Chaco, não… pic.twitter.com/t2TE3ICRnN
Essa não é a primeira vez que o Atlético sofre com racismo na Copa Libertadores 2023. Antes do jogo contra o Carabobo, pela segunda fase eliminatória, o clube registrou ofensas racistas de alguns torcedores da equipe boliviana.
Após uma série de casos de racismo nas competições deste ano, a Conmebol reforçou as ações contra os casos na Copa Libertadores. No dia 7 de junho, a entidade ressaltou que as ações são propostas para dar visibilidade ao tema, além de aumentar a conscientização das consequências do preconceito no futebol.
“A CONMEBOL continua levantando a voz e lembrando a todos os envolvidos no esporte que a cor da pele, a raça, a etnia e os costumes não podem ser utilizados como desculpa para provocações. Qualquer comportamento que possa prejudicar a coexistência pacífica dos seres humanos é inaceitável. Nossas diferenças nos tornam únicos, e esse é o valor que devemos exaltar, sempre unidos pela mesma paixão em cada jogo, em cada gol, em cada abraço e comemoração, deixando claro que o futebol inclui, não separa.
É importante lembrar que esse compromisso é reforçado com a modificação no Artigo 15 do Código Disciplinar, que ampliou a sanção para atos discriminatórios. Em 9 de maio de 2022, o Conselho da Confederação Sul-Americana de Futebol modificou o artigo 15 do Código Disciplinar, aumentando as penalidades para atos discriminatórios. Essa alteração entrou em vigor no mesmo dia de sua emissão e é aplicável a atos racistas cometidos após essa data.
A CONMEBOL insta os clubes participantes a disseminar mensagens educativas, aumentar a conscientização, desenvolver ideias e estratégias para aprimorar os valores esportivos e erradicar todas as formas de discriminação no futebol”, disse Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol.