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11/07/2024 às 08h39min - Atualizada em 11/07/2024 às 08h39min

​Apenas 51% das rodovias mineiras são consideradas boas por índice do Dnit

Levantamento faz parte do último Índice de Condição da Manutenção (ICM) do órgão federal; Setcemg avalia cenário pior com devolução das concessões no Estado

Enquanto 16 estados e o Distrito Federal comemoram por terem mais de 70% das rodovias consideradas boas, em Minas Gerais o cenário é diferente, mantendo-se abaixo da média. O Estado conta apenas com 51% da sua malha rodoviária considerada boa e 18% considerada entre ruim e péssima, segundo apontou o último Índice de Condição da Manutenção (ICM) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A última vez que Minas ultrapassou esse índice de 70% de qualidade nas rodovias foi ainda em 2016.

Para o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Adalcir Lopes, a situação das rodovias em Minas Gerais são precárias e temerosas. “Enquanto não houver um olhar das entidades para que sejam privatizadas as rodovias tanto federais quanto estaduais, a situação tende a piorar ainda mais. As tarifas atuais não remuneram as concessionárias, que hoje não conseguem nem fazer um recapeamento de qualidade”, avaliou.

Outro fator apontado por ele que reforça esse cenário é a devolução de concessões das rodovias do Estado. “O trecho entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, ao ser devolvido à União, certamente será entregue junto ao trecho entre Belo Horizonte e Brasília. Com isso, o Dnit não tem capital necessário para investir e quem transita nas rodovias perderá todo o apoio que tem em uma rodovia pedagiada. Mesmo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, melhorando o orçamento para aplicação nas estradas, as rodovias que cortam Minas Gerais continuam precárias”, considerou.

Esse contrato de concessão da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora foi assinado na semana passada e é relativo à concessão de 232,1 km da rodovia pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Ministério dos Transportes e Grupo EPR, que na data da assinatura recebeu 30 dias de prazo para iniciar as operações no trecho.

Outra rodovia apontada pelo dirigente é a BR-381, que liga Belo Horizonte a São Paulo. Segundo ele, com a tarifa no valor de R$ 2,30, não é possível e nem viável fazer a manutenção adequada da rodovia. “O piso já não está dos melhores e, com o período de chuvas se aproximando, a situação possivelmente vai piorar. Minas Gerais é o trevo do Brasil e precisamos de mais atenção às nossas estradas”, reforçou.

Porém, Lopes acredita que, pelo menos, alguma melhoria nas rodovias de Minas Gerais deverá acontecer em breve e ele encontra-se otimista. “Aqui em Minas, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros, prometeu pelo menos cinco licitações para melhorar as estradas do Estado. Uma que estamos aguardando é a que liga Belo Horizonte a Mariana. Estou otimista também com as intervenções entre Belo Horizonte e Caeté. Só assim para mudarmos esse cenário de calamidade que se encontram as estradas mineiras”, considerou.

De acordo com dados do governo de Minas, o Estado tem a maior malha rodoviária do País, equivalente a cerca de 16% do somatório de rodovias estaduais, federais e municipais de toda a malha viária existente no País. No Estado, são 272.062,90 km de rodovias. Deste total, 9.205 km são de rodovias federais, 22.286 km de rodovias estaduais, e 240.571,90 km de rodovias municipais, na maioria não pavimentadas. Quanto às características das estradas, a malha federal é quase toda pavimentada, 576,60 km não são pavimentados. A estadual se divide em 22.286 km pavimentados e 4.925,75 km não pavimentados e 316,4 km com obras de pavimentação em andamento. 
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