23/10/2024 às 17h25min - Atualizada em 23/10/2024 às 17h25min
Racista que gravou vídeo ofendendo cliente foi preso por não ter retornado de saidinha
Alessandro Pereira de Oliveira estava foragido desde o dia 26 de março e havia sido preso em 2022; investigações por racismo continuam em andamento
O homem que fez um vídeo com ofensas racistas a uma funcionária de um bar de Belo Horizonte foi preso nesta quarta-feira (23), no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte. Alessandro Pereira de Oliveira, no entanto, não foi preso pelo racismo, mas por uma ordem judicial. Ele era considerado foragido após não retornar de uma saidinha temporária.
A informação foi repassada pelo Tenente Coronel Eduardo, comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, que prendeu o homem. Ele estava foragido desde o dia 26 de março e havia sido preso em 2022 por violência doméstica, violência psicológica, perseguição reiterada e divulgação de material sexual. As investigações sobre o crime de racismo continuam em andamento.
Alessandro, também conhecido como Léo, tem 86 registros policiais, entre eles ameaça, injúria, vias de fato, difamação, violência doméstica, violência psicológica e descumprimento de medida protetiva. A maioria desses crimes foi praticada em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.
À Polícia Militar, Alessandro afirmou que o vídeo era direcionado a uma pessoa específica, uma funcionária que trabalhava com ele em um bar, com quem ele teria tido um desentendimento. Porém, o vídeo tomou outra proporção e, segundo o Tenente Coronel, “ele demonstra um sentimento de que não queria ter gerado esse transtorno e clamor todo”.
O que aconteceu
Alessandro estava trabalhando em um bar no bairro Universitário, na Pampulha, em Belo Horizonte. Ali ele gravou, na quinta-feira da semana passada, o vídeo racista contra uma funcionária com quem ele teve um desentendimento devido a um copo sujo.
No vídeo, o foragido afirma que “preto tem que entrar no chicote no tronco” e “maldita princesa Isabel, que assinou aquela Lei Áurea”.
O dono do bar, que assumiu o estabelecimento recentemente, não tem nenhum envolvimento com o crime.