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02/04/2021 às 08h31min - Atualizada em 02/04/2021 às 08h31min

​Dados apontam que Onda Roxa não surte efeito na redução da Covid-19

Taxa de incidência da Covid por 100 mil habitantes no Estado cresceu quase 47%

Os índices da pandemia do coronavírus em Minas Gerais crescem a cada semana sem sinal de trégua. Mesmo com todas as 14 macrorregiões na Onda Roxa, que permite o funcionamento apenas das atividades essenciais e impõe toque de recolher das 20h às 5h, há quase duas semanas, dados do programa Minas Consciente apontam que a situação não melhorou na maioria das cidades.

Conforme os números, a incidência de casos confirmados de Covid-19 por 100.000 habitantes no estado saltou de 235 no dia 15 de março, antes da implementação da Onda Roxa, para 330 nesta semana, um aumento de 47%. Já o grau de risco geral, que mede a situação da doença em uma escala de 0 a 32, permaneceu em 26. Outro dado preocupante é em relação às vagas de internação: no estado, há apenas três leitos de UTI para tratamento de pacientes contaminados a cada 100.000 habitantes.

Ainda há duas regiões com grau de risco máximo para a pandemia. Nos municípios do Sul de Minas, a incidência da Covid-19 saltou de 217 para 353 casos confirmados por 100.000 habitantes nas últimas duas semanas – uma alta de 62%. Ainda não ocorreu nenhuma mudança na ocupação dos leitos de tratamento intensivo, que permanecem em 97%, segundo balanço do Minas Consciente. Na região Leste do Sul, que integra cidades como Ponte Nova, Manhuaçu e Viçosa, na Zona da Mata, onde também há grau crítico, houve uma alta de 16,9% na incidência de casos – existem apenas 1,3 leitos de UTI Covid-19 disponíveis para cada 100.000 habitantes.

Área com a principal estrutura hospitalar do estado e que abriga os municípios da Grande BH, a situação da região Central piorou desde o início da Onda Roxa. Os dados apontam que a ocupação dos leitos saltou de 91% para 95% e a taxa de incidência da Covid-19 cresceu 50% na comparação com a última semana. Na última quarta-feira (31), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, enfatizou que as restrições só vão ajudar a reduzir novos casos e óbitos com o apoio da população e dos gestores locais.

"Nas regiões em que há maior sensibilização da população e maior empenho da gestão municipal, a gente vê que os frutos são colhidos de forma mais rápida. A Onda Roxa como medida isolada não surte efeito, a gente precisa de todo o comprometimento da população", disse. Como exemplo, o dirigente citou a macrorregião Noroeste, que entrou na fase mais restritiva no mesmo período que a maioria das cidades mineiras. A incidência do vírus na localidade teve uma leve alta de 7%, o que é considerado pelo programa como estabilidade da transmissão.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 1º de abril, durante live transmitida no YouTube, que medidas restritivas como o lockdown, com o objetivo de combater o avanço da covid-19, não funcionam. “A Argentina continua fechada, mas é um dos países onde há mais mortes por milhão de habitantes”, argumentou. Segundo o chefe do Executivo, o fracasso do governo de Alberto Fernández na gestão da pandemia é um sinal de que as políticas de isolamento severas não devem ser replicadas por outros países e Estados, porque não impedem a contaminação pelo novo coronavírus e ainda impossibilitam os cidadãos de trabalhar. “Na Argentina, a pobreza já atinge 42% da população”, afirmou. De acordo com o presidente da República, as medidas de combate à pandemia de covid-19 devem levar em consideração a saúde das pessoas, bem como a manutenção do emprego delas. “Eu sempre disse, e continuo dizendo: nós temos de atacar o vírus e o desemprego ao mesmo tempo”, concluiu.

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