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26/04/2021 às 07h14min - Atualizada em 26/04/2021 às 07h14min

​Covid: cerca de 2,5 mil pessoas receberam doses trocadas da vacina em Minas

Cidadãos não estão devidamente protegidos do novo coronavírus, e injeções complementares foram desperdiçadas;

Cerca de 2.500 pessoas alcançadas pela campanha de vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais podem ter recebido, de forma equivocada, doses de fabricantes diferentes do imunizante entre a primeira e a segunda aplicação. Nos casos confirmados da troca, os cidadãos não estarão devidamente protegidos do novo coronavírus, e as injeções complementares utilizadas terão sido desperdiçadas.

Metade dos registros é de pessoas nas faixas etárias acima dos 70 anos. Para se ter uma ideia, mesmo representando uma parcela mínima do total de vacinados (0,23%), o erro teria comprometido ou atrasado a imunização de até 1.180 mineiros com as duas doses da Coronavac, cujo intervalo entre as injeções é menor, de até um mês. Esse número supera o total de vítimas da Covid-19 confirmadas nos últimos três dias no Estado (932).

O suposto desperdício de doses foi registrado em 423 municípios mineiros. Belo Horizonte e Lavras concentram a maior parte dos casos, com 200 registros de pessoas que teriam sido vacinadas equivocadamente em cada uma das cidades. Em seguida, aparecem Governador Valadares (68), Santa Luzia (46), Uberaba (44) e Varginha (43).

De acordo com o protocolo do Plano Nacional de Imunização, o cidadão deve receber o fármaco disponível no momento da convocação por grupo de prioridade, independentemente do fabricante e sem a opção de escolha. Mas a segunda aplicação precisa obrigatoriamente ser da mesma marca, pois as vacinas são fabricadas com tecnologias distintas.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que, até a última sexta-feira (23), havia recebido das prefeituras mineiras as notificações formais de apenas 68 ocorrências de pessoas vacinadas com duas doses diferentes.

A secretaria afirmou que, em tese, a possível falta de notificações não deveria comprometer a oferta de imunizantes para as pessoas que necessitem refazer a aplicação com a dose correta, pois o Ministério da Saúde levaria esses casos em conta ao distribuir as novas remessas aos Estados. A pasta federal, no entanto, informa ter recebido somente 481 notificações em todo o Brasil até a semana passada.

“Em casos nos quais o indivíduo tenha recebido a primeira dose de vacina de um fabricante e, com menos de 14 dias, venha a receber a segunda dose de outro produtor, a segunda dose deverá ser desconsiderada, e deverá ser reagendada outra aplicação, conforme o intervalo indicado da primeira vacina recebida”, diz o comunicado da SES-MG, sem mais detalhes sobre os casos que não se encaixem nesse prazo.
 


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