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01/05/2021 às 07h31min - Atualizada em 01/05/2021 às 07h31min

Depressão, dívidas e suposta traição levaram o promotor André de Pinho a assassinar a própria mulher

Lorenza revelou em carta o desgaste da relação com o marido e falou sobre sua depressão: segundo a mulher do promotor, o casal tinha dívidas e faltava até dinheiro para alimentação

O Tempo
Dívidas que impediam a compra de alimentação básica, crises de depressão de Lorenza e uma suposta traição são as possíveis razões que teriam levado o promotor André Luis Garcia de Pinho, 51, a assassinar a própria mulher – Lorenza Maria Silva de Pinho, 41. A lista de motivações foi levantada pela equipe de investigadores do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) durante a apuração da suspeita de feminicídio no transcorrer do último mês. A investigação foi concluída nesta semana e os resultados apresentados na tarde de sexta-feira (30) pelo procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior.

Segundo a apuração, uma carta escrita por Lorenza foi peça-chave para descrever as motivações do crime; em seu relato, a mulher do promotor André de Pinho narrou o desgaste do relação e pormenores de sua depressão, diagnosticada após a morte da mãe. De acordo com ela, a família Pinho sofria por problemas econômicos: dívidas eram tão grandes que chegava a faltar dinheiro para a alimentação básica. As informações também foram averiguadas por meio de relatos feitos por pessoas que mantinham uma relação próxima com Lorenza e André. Discutiu-se também, como razão para o crime, uma suposta traição de Lorenza.

O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) foi uma entre as provas coletadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para oferecer à Justiça a denúncia do promotor André Luis Garcia de Pinho pelo crime de feminicídio. Horas e minutos que antecederam o assassinato de Lorenza foram registrados por imagens de câmeras de segurança analisadas por peritos e investigadores no transcorrer do último mês, desde que foi montada a equipe que comandaria a apuração da morte suspeita da mulher. Cem horas de gravação foram essenciais para detalhar o que aconteceu no apartamento da família Pinho no dia em que Lorenza foi morta.

De acordo com o Ministério Público, às vésperas de matar a mulher, o promotor André de Pinho foi ao supermercado para adquirir dois litros de aguardente. Feita a compra, ele retornou para o apartamento no bairro Buritis. A hipótese do órgão é que, no imóvel, André garantiu que Lorenza ingerisse meio litro da bebida alcoólica – informação que foi confirmada pelo promotor em depoimento à Procuradoria-Geral, em Belo Horizonte. Com a mulher embriagada, o marido administrou nela adesivos de medicação antidepressiva – a orientação médica prescrevia para Lorenza dez miligramas do remédio; no dia do óbito, André forneceu quarenta a ela, o quádruplo da quantidade devida. Foi pela combinação que o laudo da perícia indicou intoxicação exógena.

Apesar dos esforços do promotor para matá-la, Lorenza não foi a óbito com a mistura de bebida e medicação. Então, percebendo que a mulher não morreria, André teria entrado, segundo a hipótese traçada pelo MP, em briga corporal com ela. Indícios do material genético de André foram encontrados sob as unhas de Lorenza; como também, a perícia detectou lesões na parte inferior da cabeça dela, e que são típicas de quando a vítima tenta sobreviver às agressões. Ele, por fim, optou pela asfixia mecânica, cobrindo boca e nariz dela.
 


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