23/11/2023 às 08h33min - Atualizada em 23/11/2023 às 08h33min
Senado aprova a PEC que restringe decisões dos ministros do STF
Foram 52 votos a favor e 18 contra; eram necessários pelo menos 49 votos favoráveis.
O Senado aprovou nesta 4ª feira (22.nov.2023) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 8 de 2023, que limita as decisões monocráticas do STF (Supremo Tribunal Federal). O texto recebeu 52 votos a favor e 18 contrários nos 2 turnos de votação.
A PEC é vista no meio político como uma resposta do Congresso a julgamentos recentes do STF. Segundo deputados e senadores, muitos dos temas discutidos pela corte cabem, na verdade, ao parlamento.
O texto aprovado proíbe decisões individuais (monocráticas) de ministros, desembargadores e juízes que suspendam a validade de leis e de atos dos presidentes da República, da Câmara e do Senado. Atualmente, não há limitação para esse tipo de medida.
A medida cautelar (liminar) pode suspender de forma provisória uma norma, objeto de um processo, se a demora na conclusão do julgamento causar prejuízos à população afetada -- o que é conhecido como risco de decisão tardia.
Assim, o ministro antecipa os efeitos da decisão, antes mesmo do resultado do julgamento com os votos de todos os magistrados do tribunal.
A mudança, uma vez promulgada, valerá para decisões cautelares ou "de qualquer natureza" em ações que questionem a constitucionalidade de leis e vai impactar os trabalhos do STF e dos Tribunais de Justiça dos Estados e até dos juízes de 1ª instância.
Só as bancadas do PT e MDB orientaram voto contra. A aprovação se deu depois de tensões do Congresso Nacional com a Suprema Corte por julgar temas de demarcação de terras indígenas, discriminalização do porte de drogas, liberação do aborto e contribuição sindical.
Veja como votou cada um dos senadores
Votaram a favor da PEC: - Alessandro Vieira (MDB-SE)
- Fernando Dueire (MDB-PE)
- Giordano (MDB-SP)
- Ivete da Silveira (MDB-SC)
- Eduardo Girão (Novo-CE)
- Weverton (PDT-MA)
- Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
- Carlos Portinho (PL-RJ)
- Eduardo Gomes (PL-TO)
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Jaime Bagattoli (PL-RO)
- Jorge Seif (PL-SC)
- Magno Malta (PL-ES)
- Marcos Rogério (PL-RO)
- Rogerio Marinho (PL-RN)
- Wellington Fagundes (PL-MT)
- Wilder Morais (PL-GO)
- Carlos Viana (Podemos-MG)
- Marcos do Val (Podemos-ES)
- Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
- Rodrigo Cunha (Podemos-AL)
- Soraya Thronicke (Podemos-MS)
- Styvenson Valentim (Podemos-RN)
- Zequinha Marinho (Podemos-PA)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Dr. Hiran (PP-RR)
- Esperidião Amin (PP-SC)
- Laércio Oliveira (PP-SE)
- Luis Carlos Heinze (PP-RS)
- Tereza Cristina (PP-MS)
- Chico Rodrigues (PSB-RR)
- Flávio Arns (PSB-PR)
- Angelo Coronel (PSD-BA)
- Daniella Ribeiro (PSD-PB)
- Lucas Barreto (PSD-AP)
- Mara Gabrilli (PSD-SP)
- Nelsinho Trad (PSD-MS)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Vanderlan Cardoso (PSD-GO)
- Izalci Lucas (PSDB-DF)
- Plínio Valério (PSDB-AM)
- Jaques Wagner (PT-BA)
- Cleitinho (Republicanos-MG)
- Damares Alves (Republicanos-DF)
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
- Alan Rick (União-AC)
- Davi Alcolumbre (União-AP)
- Efraim Filho (União-PB)
- Jayme Campos (União-MT)
- Marcio Bittar (União-AC)
- Professora Dorinha Seabra (União-TO)
- Sergio Moro (União-PR)
Votaram contra a PEC: - Confúcio Moura (MDB-RO)
- Fernando Farias (MDB-AL)
- Marcelo Castro (MDB-PI)
- Leila Barros (PDT-DF)
- Romário (PL-RJ)
- Jorge Kajuru (PSB-GO)
- Carlos Fávaro (PSD-MT)
- Eliziane Gama (PSD-MA)
- Jussara Lima (PSD-PI)
- Zenaide Maia (PSD-RN)
- Augusta Brito (PT-CE)
- Beto Faro (PT-PA)
- Fabiano Contarato (PT-ES)
- Humberto Costa (PT-PE)
- Paulo Paim (PT-RS)
- Rogério Carvalho (PT-SE)
- Teresa Leitão (PT-PE)
- Randolfe Rodrigues (Rede-AP)