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27/09/2024 às 11h42min - Atualizada em 27/09/2024 às 11h42min

PF apreende mais de R$ 1 milhão em espécie em Fortaleza perto do dia da votação

PF apreende mais de R$ 1 milhão em espécie em Fortaleza perto do dia da votação do 1º turno das eleições

A Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie em duas operações distintas deflagradas em Fortaleza (CE), na quinta-feira (26). Em uma delas, agentes flagraram R$ 437 mil no centro da capital cearense. Em outra, foram recolhidos R$ 600 mil no bairro Papicu. Há suspeitas de lavagem de dinheiro e crimes eleitorais, como compra de votos, pois a votação do pleito municipal acontece em 10 dias.

As pessoas que estavam com os valores foram levadas à Superintendência da PF em Fortaleza para prestar depoimento. A corporação não divulgou nomes nem o que foi dito pelos suspeitos. Informou apenas que as operações foram desencadeadas após denúncias recebidas de transporte irregular de valores, o que levaram os policiais federais a realizar investigação e acompanhar os veículos suspeitos.

Durante as duas abordagens, os agentes localizaram as quantias “sem aparente origem lícita e justificativa plausível para os transportes em espécie”. A origem e o destino dos valores estão sendo investigados pela PF que instaurou dois inquéritos policiais. No caso de serem indiciados por lavagem de capitais ou crimes financeiros autônomos, e, se condenados, os suspeitos podem receber penas de até 10 anos de reclusão.

Troca de voto por tratamento dentário

Também na quinta-feira, a PF deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de prometer tratamentos odontológicos a eleitores em troca de votos para determinados candidatos em Boa Vista, capital de Roraima.

Batizada de Sorriso Corrompido, a operação visa levantar provas para a investigação que identificou o uso de uma clínica e em associação beneficente de Boa Vista. A PF não informou os nomes dos candidatos envolvidos nos crimes eleitorais.

A PF disse, em nota, que os candidatos, em parceria com representantes da associação beneficente que atua no apoio social às pessoas de baixa renda, faziam contato com eleitores sob a promessa de procedimentos odontológicos gratuitos.

“Esses tratamentos eram condicionados à obrigatoriedade de voto nos candidatos vinculados à operação. Os pacientes eram inicialmente encaminhados à associação, onde se realizava as tratativas com os eleitores para, então, seguir no tratamento pretendido”, diz nota da PF.

Depois de cadastrados, os eleitores eram direcionados a uma clínica particular de odontologia, onde realizavam o procedimento dentário completo.

“A operação visa não apenas desarticular essa rede de corrupção, mas também restabelecer a integridade do processo eleitoral e proteger os direitos dos cidadãos. As investigações seguem em andamento, com o objetivo de responsabilizar todos os envolvidos nos crimes”, ressaltou a PF.

Ainda em Roraima e também nesta quinta-feira, a PF apreendeu R$ 207 mil em espécie em ação de combate a crimes eleitorais. Foram apreendidos ainda eletrônicos e documentos, que seguem para análise na investigação.

A PF apreendeu o montante após denúncia no canal Disque-Denúncia, disponibilizado para que a população forneça informações sobre compra de votos, coação eleitoral, abuso de poder, propaganda irregular, entre outros.

Com mais esta apreensão, chega a R$ 3,2 milhões a quantia em dinheiro apreendida pela PF em operações de combate a crimes eleitorais em Roraima – todo esse valor foi apreendido em menos de um mês.

Facções criminosas intimidam eleitores

Ainda na quinta-feira, a PF desencadeou duas operações em dois Estados distintos contra grupos criminosos que usavam da força para obrigar eleitores a votarem em determinados candidatos.

Na Operação Coactum, realizada na Paraíba, policiais federais cumpriram mandados para levantar provas sobre os crimes de captação de sufrágio (compra de votos) e aliciamento violento de eleitores – um novo modelo do antigo voto de cabresto. 

Nesta fase da investigação, os policiais cumpriram 22 mandados de busca e apreensão, todos em São Bento, no sertão da Paraíba.

Um dos alvos desses mandados é o candidato a vice-prefeito da cidade, Rafael Silva Cavalcante, conhecido como Rafinha Banana, do partido Republicanos. ele concorre na chapa encabeçada por Marcos Davi (PP).

Investigadores flagraram um grupo de pessoas armadas em diversos eventos do município e circulando em São Bento com grande quantidade de dinheiro em veículos, comprando votos, segundo o Ministério Público estadual.

Essas pessoas estavam a serviço de Rafinha Banana, segundo MP. O candidato ainda teria envolvimento com casas de apostas e rifas, que eram usadas para lavagem de dinheiro, ainda de acordo com o MP.

Durante as buscas desta quinta-feira, agentes prenderam duas pessoas em flagrante por posse de arma de fogo de uso restrito, tendo sido apreendidas várias armas, de diversos calibres, desde uma metralhadora .40 até pistolas 9mm, .380 e revólveres.

Também foram apreendidos aparelhos celulares e diversos documentos que têm ligação com a investigação. Todos os presos e material apreendido foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Patos (PB).

Também na Paraíba e neste mês, mas na capital João Pessoa, a vereadora Raíssa Lacerda (PSB) e outras três pessoas foram presas em uma ação semelhante.

Quadrilha tenta impedir votos em candidato

A PF, a Polícia Rodoviária Federal e as polícias do Estado do Acre deflagraram a Operação Sufrágio em Feijó (AC) na quinta-feira para investigar a atuação de outro grupo criminoso que tenta ditar os rumos da política local. 

“A investigação começou a partir de informações coletadas no sentido de que integrantes de organização criminosa foragidos da Justiça estavam impedindo e embaraçando o livre desenrolar do pleito eleitoral”, disse a PF em nota.

"Comprovou-se ao longo das investigações que as lideranças locais teriam ordenado, por meio de comunicados conhecidos como "salves", que os habitantes de Feijão se abstivessem de votar em determinado candidato”, completou.

Policiais das forças federais e estaduais foram mobilizados para o cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão.

Em virtude dos fatos apurados, os investigados, nas medidas de suas responsabilidades, poderão responder judicialmente pelo crime de organização criminosa e por delito de uso de violência ou ameaça com finalidade eleitoral. 

 


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